✶ . ࣪ ׅ Scarlett estava trilhando uma carreira promissora assim como sua família, mas as coisas saíram completamente do controle quando os mortos começaram a tomar as cidades. Em meio a todo o caos, Scarlett viu cada membro da sua família ser desped...
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❝ Eu não ofereço uma xícara de café ao homem que invadiu meu esconderijo. ❞
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A primavera finalmente chegará, trazendo vida nova e cores aos campos ao redor da fazenda. Depois dos dias de inverno rigoroso e silencioso, mesmo o som dos caminhantes, que começavam a vagar novamente após o degelo, era quase reconfortante ─ lembrava-lhe que ainda estava viva, sobrevivendo dia após dia.
Por sorte, os mortos que apareciam ao redor da fazenda eram poucos, e Scarlett aprendeu a lidar com eles com certa facilidade. O verdadeiro perigo era quando ela precisava ir ao vilarejo próximo para buscar suprimentos.
O inverno havia esgotado boa parte das reservas de comida, e Scarlett sabia que, se quisesse se manter ali, teria que se arriscar mais uma vez.
Numa manhã ensolarada, ela colocou Shadow em uma pequena bolsa de tecido reforada que usava como mochila para que ele pudesse viajar seguro.
Pegou também a égua de seu avô, uma criatura robusta e familiar com a região, preferindo evitar o uso de gasolina ─ um rescurso cada vez mais escasso.
Ao chegar ao vilarejo, Scarlett mantinha a atenção aguçada, examinando cada casa abandonada e vazia. O silêncio ali era espesso, interrompido apenas pelos ronronar baixo de Shadow, que parecia tão acostumado ao perigo quanto ela.
Juntos, passaram a manhã vasculhando as prateleiras quase vazias de uma loja e algumas casas abandonadas, pegando o que podiam carregar de suprimentos.
Quando já estava carregada o suficiente, ela montou na égua e retornou, aproveitando o vento que soprava suavemente a seu favor.
Ao chegar à fazenda, no entanto, sentiu o coração acelerar. A porta da frente estava entreaberta, balançando levemente com a brisa.
O sangue dela gelou. Por precaução deixou a égua do lado de fora e sussurrou para Shadow ficar próximo. Tirando a faca do cinto, a segurou firme, entrou cuidadosamente, seus olhos checando cada canto da sala de estar, a cozinha, todos os lugares familiares, mas vazios. No fundo, a porta que levava ao quintal estava aberta, e foi então que ela viu alguém se movendo lá fora.
