𝐈. Sobrevivência

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CAPÍTULO UM
Sobrevivência

❝ Sobreviver de alguma maneira

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Sobreviver de alguma maneira.

METAS
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Os dedos finos seguravam o rosário que sua mãe havia lhe dado, uma herança de família

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Os dedos finos seguravam o rosário que sua mãe havia lhe dado, uma herança de família. As contas frias e gastas deslizavam entre seus dedos, enquanto seus lábios murmuravam as orações em latim, como um dia aprendeu quando criança.

Ave Maria, gratia plena, Dominus tecum

As palavras soavam familiares, reconforantes em um mundo onde tudo havia se tornado estranho e perigoso. O que mais lhe restava, senão a fé?

Shadow, seu fiel companheiro, ronronava baixo deitado sobre o tapete ao lado de seus pés, seus olhos verdes atentos, observando a dona como se entendesse o peso daquelas palavras. A quietude daquele instante era enganadoa, uma pausa entre o medo e a realidade brutal que aguardava lá fora.

As semanas haviam se passado em um borrão de dias sem fim. O tempo deixara de ter signifiacado desde que perdera o último membro da família. Agora Scarlett vivia de migalhas de comida, sempre calculando o quanto restava. Sempre observando as sombras do lado de fora. Mas a sensação de segurança dentro de casa estava desmoronando, assim como os suprimentos.

Quando Scarlett terminou a última dezena do roário, suspirou profundamente, sentindo o vazio no estômago que começava a doer. As prateleiras da despensa, outrora cheias de mantimentos que seu pai conseguira estocar nos primeiros dias do surto, estavam quase vazias. Não havia mais latas de feijão, nem arroz, e a ração de Shadow também estava no fim.

Ela empurrou a cadeira para trás e se levantou, os músculos protestando depois de tanto tempo sentada. Olhou pela janela quebrada, espiando o mundo exeterior. A cidade estava a alguns quilômetros dali, mas parecia um continente distante, uma ferida aberta, com a fumaça se erguendo como fantasmas dos prédios destruídos.

Scarlett ajustou o coldre que trazia peso à cintura. O revólver de seu pai ainda estava em bom estado, e as poucas balas que restavam pareciam pesar mais do que nunca. Ele havia lhe ensinado a usar a arma desde cedo.

the last of us, daryl dixonOnde histórias criam vida. Descubra agora