CAPÍTULO 2

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Hoje o dia amanheceu nublado, como se soubesse como me sinto.

Tomei um banho, coloco a roupa que já tinha separado, uma calca jeans justa uma camisa de ceda preta, e um scarpin da mesma cor. Faço uma maquiagem básica, nunca gostei de me maquiar, mas sei que papai me quer impecável. Finalizo com um rabo de cavalo. 

Ouço alguém batendo.

- Pode entra!

Vejo a irmã Francine, sei que chegou a hora.

- Sarah querida, eles chegaram.

Isso me faz engolir seco, ainda tinha esperança de pode ficar.

- Papai veio junto?

- Não querida... Sinto muito, só seus assistentes mesmo.

Assistentes, mau sabe a irmã que eles são soldados da máfia capangas treinados para matar.

Ilusão minha acha que papa  se importaria o suficiente pra vir me buscar.

- Já estou pronta irmã. Pode pedir por favor, a um deles subir, minha malas estão no canto só vou me despedir da Lena.

Sei que nesse horário ela está na aula de culinária. Aqui aprendemos de tudo um pouco. E eu sempre amei essa aula.

A irmã assente e sai. Saio em seguida, indo então direção a sala em questão.

Bato na porta, chamando atenção de todos, Lena já me avista, pede licença e vem em minha direção.

- Ah Sarah... Não sou boa com despedidas.

Diz já me abraçando e chorando.

- Lena, eu prometo manter contato; Vou senti tanto sua falta.

- Sarah, estão te esperando.

Olho e vejo a irmã Francine se aproximando.

Lena me solta e tira de seu bolso uma caixinha, abro e levo um cordão com um pingente de coração idêntico o que sempre usa.

- Mandei fazer pra vc,  pensei que não ia ficar pronto a tempo, é um relicário abre.

Quando abro vejo nossas fotos, isso me faz chorar novamente. Fechei os olhos  e o aperto nas mão levando ao peito.

- Quando se sentir sozinha lembre-se estarei com você.

Diz já colocando o cordão em meu pescoço.

O toco e lhe dou um último abraço apertado, me despedindo, e parto pro meu destino.

Descendo as escadas já consigo ver um dos capanga no rol de entrada.

Lorenzo, o chefe de segurança de papai, sempre vem acompanhando mamãe a minhas visitas.

Ele deve ter uns 30 anos, sempre sério e com um ar misterioso, sempre o achei lindo. E sempre notei o jeito que me olha. Mas sei do que é capaz um homem da máfia e prefiro manter distância.

Do colégio até o aeroporto, são aproximadamente 2 horas de carro.

Faço o trajeto em silêncio, e com o coração apertado,
Triste pensando no destino que me aguarda.



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