CAPÍTULO 13

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Sarah Rossetti

Acordei com a claridade do sol iluminando meu rosto, fico meio perdida, agitada, sem saber onde estou, não reconhecendo o lugar. Logo que os eventos da noite passada, me vêm à mente, sinto um aperto no coração, uma vontade de chorar. Queria que  mia mamma estivesse aqui.

Tento não pensar mais nisso, preciso  saber o que acontecerá daqui pra frente.

Levanto, fecho meu roupão, ando pelo quarto. Hoje consigo ver o quarto com mais atenção,  o quanto é grande e bem decorado. Vou até a varanda, olho o jardim, fico maravilhada com a vista, ontem a noite com a iluminação artificial já era lindo mas sobre a luz do sol, é mágico, é divino. O local parece um jardim encantado de conto de fadas.

Volto a entrar no quarto, vejo que em cima da mesa há uma bandeja com café da manhã, parece delicioso, escuto minha barriga ronca.

Me aproximo, vejo suco, leite, pães e frutas. Pego uma uva e levo a boca. A porta se abre, aquela moça, acho que se chama Juliana não lembro bem, ela tá com cara de poucos amigos.

  Ela se aproxima, carregando uma sacola plástica, para bem próxima, me olha de cima a baixo. Desde  ontem percebi que ela não gostou de mim, mesmo que eu não tenha feito nada contra ela, nem a conheço.

- Acordou tarde, bela adormecida. Já passa das 10, logo é o hora do almoço, aqui se acorda cedo!

- Desculpe senhora, por causa da medicação, acho que perdi a noção do tempo.

Ela olha a mesa com a bandeja, torce o nariz e fala:

  - Acho que uma das meninas está tentando te agradar, devem ter ficado com dó da situação que você chegou ontem. - Ela ri debochando.

- O que aconteceu? Foi sua estréia ontem e o chefe pegou pesado? Aposto que é o novo brinquedinho do chefe. Eu vou dar outra utilidade pra você, além de ficar só abrindo as pernas. - Ela diz debochando:

  - Só não entendi, qual a necessidade de te trazer pra cá? Com certeza isso é coisa do Guilliano. Em vez de te deixar no bordel, trás pra cá deixa Felippo saber disso. Se você se machucou e está toda arrombada, a médica  poderia te atender lá. Bom, eles são os chefes né, não se discute. Ele deve querer brincar mais um pouco com você, logo ele se cansa - Fico sem reação.

Como ela pode ser tão rude? Abaixo a cabeça e não digo nada. Ela deve ser alguém de influência aqui, e pode fazer da minha vida um inferno, é melhor só obedecer assim tira o foco dela de mim.

  Ela joga a sacola em minha direção e diz:

- Te trouxe um uniforme, vê se serve, se troca te espero aqui. Vou lhe mostrar por onde começar.

Pego a sacola e vou ao banheiro me trocar. A roupa fica um pouco grande, mas vai ter que servir.  Aproveito  pra fazer minha higiene pessoal.

Volto pro quarto e ela tá me esperando com os braços cruzados.

  - Vamos, eu não tenho o dia todo! - Fala andando, em passos largos em direção a saída, para na porta me olha sobre o ombro e diz:

- Aqui você vai aprender, que fora os chefes, quem dá as ordens sou eu.

Andamos por um extenso corredor, e descemos a escada, vejo o quão linda e grande essa casa é, parede aquelas casas das revistas de arquitetura da minha  mãe, fria sem vida, como se a casa em si fosse apenas um objeto de decoração.

Ela me leva até a cozinha e me apresenta as duas senhoras, que estavam trabalhando, o cheiro do almoço sendo preparado fez minha barriga ronca de novo. E ela revira os olhos.

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⏰ Última atualização: Nov 07 ⏰

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