!Atenção!
As cenas narradas nesse capítulo podem gerar algum tipo de gatilho, por isso peço que caso se sinta desconfortável, deixe de ler e aguarde o próximo.
Este capítulo narra cenas, acontecidas no passado.
Capítulo XII: Medicação forçada pelo medo.
Era o início de uma noite quente de verão em Woodsboro, e o ar estava carregado de umidade e mistério. Jungkook, com apenas 13 anos, estava em seu quarto, tentando se concentrar nos deveres de casa. A casa estava quieta, exceto pelo som distante dos grilos e o ocasional suspiro do vento através das janelas abertas. Sua mãe, Sam, estava na cozinha, preparando o jantar.
De repente, Jungkook sentiu um calafrio percorrer sua espinha. Olhou para cima e viu uma figura indistinta refletida no espelho do guarda-roupa. Piscou várias vezes, tentando dissipar o que acreditava ser uma ilusão. Mas a figura permaneceu.
— Quem é você? — Jungkook perguntou, a voz trêmula.
A figura começou a ganhar forma, tornando-se mais nítida. Um homem de aparência sombria, com olhos penetrantes e um semblante duro. Jungkook reconheceu a figura pelos contos que sua mãe ocasionalmente mencionava com pesar e medo: Billy Loomis, seu avô.
— Sou Billy, seu avô. — A voz da figura ecoou no quarto, apesar de seus lábios não se moverem. — Lembra de mim? Você vivia carregando uma foto minha para cima e para baixo.
— Como isso é possível? — Ele pergunta assustado, suas mãos trêmulas.
— Eu sempre estive com você, garoto.
Jungkook recuou, o coração batendo acelerado. Tentou gritar, mas a voz não saiu. Em vez disso, caiu da cadeira, derrubando seus livros no processo. O barulho fez com que Sam corresse para o quarto, o rosto cheio de preocupação.
— Jungkook, o que houve? — Ela perguntou, ajudando-o a se levantar.
Ele olhou para o espelho novamente, mas a figura havia desaparecido. Respirando com dificuldade, tentou explicar.
— Eu... eu vi alguém. No espelho. Ele disse que era meu avô, Billy.
Sam congelou, sua expressão mudando de preocupação para algo mais sombrio e sério. Ela puxou Jungkook para mais perto, olhando em seus olhos.
— Foi apenas sua imaginação, Jungkook. Billy não pode nos machucar. — Disse ela, mas sua voz traiu um leve tremor.
Naquela noite, Sam ficou acordada até tarde, remoendo o que Jungkook havia contado. Ela sabia que a história de Billy Loomis era verdadeira, e a ideia de que seu espírito pudesse estar assombrando seu filho a aterrorizava. Ela sabia que ele voltaria, ele tinha prometido isso quando Jungkook ainda tinha por volta de sete anos. Decidiu que precisava fazer algo para proteger Jungkook.
Nos dias seguintes, as visões de Billy se tornaram mais frequentes. Jungkook via seu avô em reflexos de janelas, espelhos e até em poças de água. Billy não parecia ameaçador, mas sua presença constante era perturbadora. Ele falava com Jungkook sobre seu passado, sobre coisas que o garoto mal conseguia compreender.
Sam, desesperada, levou Jungkook a um psiquiatra, acreditando que ele estava sofrendo de alucinações, mas a verdade é que ela se negava a acreditar que a assombração do pai estava presente na vida de seu filho. O médico, após ouvir a descrição dos sintomas, prescreveu antipsicóticos.
— Ele precisa tomar isso regularmente, Samantha. — Disse o médico. — Vai ajudar a acalmar as visões e estabilizar seu estado mental.
Sam seguiu à risca as instruções, entupindo Jungkook com os medicamentos, na esperança de que as visões cessassem. Os primeiros dias foram difíceis. Jungkook se sentia letárgico e confuso, e as visões de Billy começaram a se tornar menos frequentes. Mas o preço era alto: ele se sentia desconectado do mundo, como se estivesse vivendo em uma névoa constante.
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Bem-Vindo a Woodsboro | Jeon Jungkook
FanficBem-Vindo a Woodsboro, a cidade onde psicopatas são feitos. Por muitas gerações, ficou escondido o gene psicopata da família Loomis, até o massacre de 1996, iniciado por Billy Loomis e Stu Macher. Jeon Jungkook, um jovem de vinte e poucos anos, pare...