Capítulo 2

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Maya acordou com um sobressalto ao ouvir batida na porta. Ela se levantou rapidamente, ainda com a cabeça meio atordoada, e abriu a porta. A síndica, Sra. Ana, estava ali, visivelmente irritada e segurando uma pilha de papéis.

- Maya, já te avisei sobre o pagamento do aluguel. - disse Sra. Ana com um tom firme. - O prazo acabou e você ainda não pagou o que deve. Precisamos resolver isso imediatamente.

Maya sentiu o peso da responsabilidade e o cansaço acumulado se intensificar. Tentou manter a calma, mesmo com a frustração transbordando.

- Sra. Ana, eu estou tentando. Tenho um emprego agora, e eu só preciso de um pouco mais de tempo. - disse Maya, tentando explicar a situação. - Vou conseguir o dinheiro para pagar o que devo.

A Sra. Ana olhou para ela com uma expressão cética, mas não parecia disposta a ouvir mais desculpas.

- Não posso mais esperar. Você tem até o final do dia para pagar o valor total ou teremos que tomar medidas mais severas. - avisou a síndica antes de se afastar, deixando Maya com um nó no estômago.

Maya fechou a porta e se apoiou contra ela por um momento, tentando controlar a ansiedade. O dia já começava difícil e a pressão financeira só piorava a situação. Ela precisava agir rapidamente para encontrar uma solução, principalmente agora que havia um novo desafio a enfrentar com o mistério envolvendo Suzie e a escola.

Maya deu um soco na porta, liberando um pouco da frustração acumulada. Seus punhos estavam fechados e seu rosto estava contorcido em uma expressão de desespero e raiva. Murmurou para si mesma, tentando processar a situação.

- Como é que eu vou conseguir todo esse dinheiro em um dia? - resmungou, sua voz carregada de angústia. - E ainda tem essa história da Suzie... Por que tudo tem que ser tão complicado?

Ela respirou fundo, tentando acalmar-se, e começou a pensar em possíveis soluções. Sabia que precisava ser prática e organizada para enfrentar a situação. Decidiu começar ligando para amigos e conhecidos, na esperança de conseguir algum empréstimo ou uma solução temporária que pudesse ajudá-la a cumprir o prazo dado pela síndica.

Enquanto ela se preparava para fazer as ligações, sua mente ainda estava inquieta com as últimas descobertas sobre a escola e o desaparecimento de Suzie. Maya sentiu que precisava desvendar mais sobre o que estava acontecendo ali para entender o que poderia estar em jogo, mas também sabia que a prioridade era garantir o pagamento do aluguel.

Determinada, pegou o telefone e começou a ligar, sua mente correndo com as possibilidades de como ela poderia resolver ambos os problemas ao mesmo tempo.

Não havia ninguém que pudesse ajuda-la em questão financeira. A raiva de Maya subiu, ela pegou a maçã que tava comendo e jogou com força na parede.

A maçã atingiu a parede e se estilhaçou em pedaços, caindo ao chão. Maya olhou para a bagunça com um olhar furioso e desolado. O impacto da frustração financeira e a pressão da situação estavam se acumulando, e ela sentia que estava no limite.

Com um suspiro pesado, ela se abaixou para limpar os pedaços da maçã, tentando se recompor. A sensação de impotência e raiva estava tomando conta dela, e ela sabia que precisava encontrar uma forma de sair desse ciclo de desesperança.

Depois de limpar o chão, Maya decidiu que precisava de uma pausa para clarear a mente. Pegou seu celular e tentou se distrair um pouco, navegando pelas redes sociais ou lendo notícias, enquanto tentava juntar as forças para enfrentar o dia. Alguém batia a porta, ela se frustrou de novo.

- Se for aquela síndica de novo, eu vou xingar na cara dela - disse ela pra si mesma. Mas para sua surpresa não era a síndica e sim um homem que parecia se vestir como um detetive.

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