Ao entrar em casa, Maya pegou os papéis que estavam em seu casaco e colocou eles na mesa. Ela olhava atentamente o caso da Susie.
Maya sentou-se na mesa, seus olhos fixos nos papéis à sua frente. A data "18 de junho de 2015" parecia marcada em sua mente. Era o mesmo dia em que Susie havia desaparecido, e a coincidência a deixou desconfortável.
Ela revisou os documentos, procurando qualquer informação adicional que pudesse fornecer pistas. Havia fotos antigas, registros de chamadas e alguns relatos de testemunhas, mas nada que parecia imediatamente útil.
Seus pensamentos eram interrompidos por um barulho vindo da porta. Ela se levantou e, ao abrir, encontrou Dona Rita, que entrou com uma expressão preocupada.
- Maya, você está bem? - perguntou Dona Rita, notando a expressão tensa no rosto de Maya.
- Sim, só estou tentando entender o que aconteceu com Susie - respondeu Maya, tentando esconder seu desconforto. - Preciso saber mais sobre o que aconteceu naquele dia.
Dona Rita olhou para os papéis sobre a mesa e franziu a testa.
- Eu não sabia que você estava tão envolvida com esse caso. É perigoso se envolver demais, especialmente se isso está afetando você assim.
Maya suspirou e se sentou novamente, olhando para os papéis.
- Eu sei, Dona Rita. Mas algo não parece certo. A última vez que vi Susie foi nesse mesmo dia. Eu preciso entender por que isso aconteceu e o que realmente aconteceu com ela.
Dona Rita hesitou, depois falou com uma voz suave.
- Talvez seja melhor conversar com alguém que esteve mais próximo dela naquela época. Talvez alguma amiga ou alguém da escola.
- Impossível - diz Maya - eu era a única amiga dela.
Dona Rita ficou em silêncio por um momento, absorvendo a informação.
- Nesse caso, talvez você precise buscar outras fontes de informação - sugeriu Dona Rita. - Há algo mais nos documentos que você não entendeu ou que não faz sentido?
Maya revirou os papéis novamente, tentando encontrar qualquer detalhe que pudesse ter perdido. Ela encontrou um registro de uma chamada telefônica que parecia ter sido feita de um número desconhecido pouco antes do desaparecimento de Susie. A chamada estava marcada como "não atendida", e o número não estava listado em nenhum outro lugar dos documentos.
- Isso aqui pode ser algo - disse Maya, apontando para o registro da chamada. - Um número desconhecido. Talvez eu devesse tentar rastrear esse número.
Dona Rita olhou para o papel e, após um momento de reflexão, disse:
- Pode ser uma boa ideia. Além disso, talvez seja hora de conversar com o detetive novamente. Ele pode ter mais informações ou sugerir um próximo passo.
Maya concordou, sentindo que estava começando a se mover em direção a algo concreto. Com um agradecimento a Dona Rita, ela se preparou para tomar a iniciativa de rastrear o número desconhecido e procurar mais informações.
Ela pegou seu telefone e, após algum tempo de busca, conseguiu encontrar uma maneira de rastrear o número. Havia alguma esperança de que isso pudesse levar a uma pista importante.
Enquanto esperava uma resposta, Maya fez uma ligação para o detetive Silva, tentando explicar a nova descoberta e solicitando uma reunião para discutir os próximos passos. Com um sentimento misto de esperança e apreensão, ela se preparou para o que estava por vir.
- Alô? - disse o detetive.
- Alô, detetive Silva? Aqui é a Maya. Eu encontrei algo nos documentos da Susie - disse Maya, tentando manter a calma.
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Entre as sombras do progresso
Mystery / ThrillerNa tranquila cidade de Campinas, o prestigiado "Colégio Progresso" é visto como um símbolo de excelência. Mas por trás de suas paredes, algo sinistro se esconde. Quando Maya Santos, uma jovem e determinada guarda noturna, assume o posto após o miste...