Entre as sombras do progresso

Capítulo 8

Ao abrir os olhos, Maya sentiu um frio penetrante ao seu redor. O ambiente ao seu redor era uma vasta escuridão, iluminada apenas por um fraco brilho de sombras que dançavam ao seu redor. As paredes pareciam pulsar, e o chão era um nevoeiro esvoaçante que dificultava a visão.

Maya tentou se levantar, mas sentiu-se fraca e desorientada. O ambiente era opressor, e ela não conseguia distinguir onde estava ou como tinha chegado ali. A sensação de estar sendo observada era constante, e ela ouviu murmúrios indistintos que pareciam vir de todas as direções. O céu estava nublado.

- Onde estou? - Maya murmurou para si mesma, tentando se orientar.

De repente, uma criança apareceu à frente de Maya. O garoto parecia ter a mesma idade que Malu, com cabelos desalinhados e olhos grandes e assustados. Ele estava vestido com roupas simples, rasgadas e sujas, e parecia estar tão desorientado quanto Maya.

- Quem é você? - Maya perguntou, aproximando-se com cautela.

O garoto olhou para ela com olhos cheios de medo e tristeza, suas mãos tremendo.

- Eu... eu não sei - disse ele com uma voz fraca e hesitante. - Eu estou preso aqui, como você.

Maya percebeu que o garoto estava chorando e tentou consolá-lo.

- Não se preocupe, vamos sair daqui - disse ela, tentando transmitir confiança. Mais crianças apareceram, com olhares triste e assustadas. Dentre elas, tava susie - Susie, onde estamos?

- Você voltou ao mundo das sombras, Maya, e essas crianças são as vítimas do diretor.

Maya olhou em volta, vendo mais crianças surgindo das sombras, todas com expressões de medo e desamparo. As palavras de Susie ecoaram na mente dela, revelando uma verdade chocante.

- O que é este lugar? - Maya perguntou, sua voz cheia de desespero.

Susie se aproximou, tentando dar alguma explicação.

- O mundo das sombras é um lugar criado pelo diretor para manter as vítimas sob controle. Ele usa este lugar para esconder suas ações e alimentar seus próprios desejos malignos. Essas crianças foram sequestradas e mantidas aqui, em uma espécie de prisão eterna.

Maya sentiu um peso em seu coração ao ouvir isso. As crianças estavam presas em um pesadelo, e ela precisava ajudá-las a sair dali.

- Como posso ajudar vocês? - Maya perguntou, tentando manter a calma.

- Não pode - diz susie - as nossas almas já estão presas aqui.

Maya sentiu um gelo percorrer sua espinha ao ouvir as palavras de Susie.

- O que você quer dizer com isso? - perguntou Maya, seu tom desesperado. - Há alguma maneira de nos libertarmos?

Susie olhou para ela com uma expressão de tristeza e resignação.

- Não há como nos libertar, Maya. Nossas almas estão presas aqui para sempre. O único que pode mudar isso é o diretor, e ele nunca nos deixará sair. Mas você ainda tem uma chance de escapar e parar tudo isso.

Maya se sentiu dividida entre a tristeza por não poder ajudar diretamente as crianças e o desejo de fazer algo para impedir o diretor.

- Como assim? - perguntou Maya, tentando entender. - O que eu posso fazer?

Susie olhou para Maya com uma mistura de esperança e dor.

- Você deve encontrar o coração das sombras. É onde o poder do diretor reside e onde ele mantém a chave para o seu controle. Se você puder destruí-lo ou reverter seu poder, pode conseguir libertar essas crianças e acabar com esse pesadelo. Mas tome cuidado, o diretor estará vigiando cada passo seu.