Noah arregalou os olhos quase jogando a bandeja repleta de frutas no chão, ao ver sua bolinha se puxar na barra de ferro da academia improvisada.- Meu Deus, o que você acha que tá fazendo?! - largou a bandeja sobre o estofado no sofá, colocando as mãos na cintura.
- Eu estou me exercitando ,não quero que meu corpo fique destruído em nove meses! - disse ofegante levantando o próprio corpo com esforço na barra.
- Mas você está com sete, amor! Você não pode fazer esforços, anda desce, agora! - segurou a cintura larga afim de puxa-lá da trave.
- Me dê um bom motivo.
- Eu trouxe um lanche... - o corpo parou por segundos olhando para Noah.
- Ai que ótimo, estava morrendo de fome! - as mãos se soltaram da barra e Noah quase morreu do coração ao lhe dar apoio para que não caísse.
Deveria saber que chantagia-la com comida sempre funciona.
- O que você troux... - a voz animada morreu no caminho quando viu as tigelas repletas de frutas. - E cadê o lanche? - arqueou uma sobrancelha, encarando os cubos coloridos.
- Ai? - gesticulou, óbvio.
- Eu não vou comer mato, não sou coelho, Noah! - apoiou ambas as mãos abaixo da cintura próximo a lombar, certo que barriga atrapalhava de coloca-lás na cintura.
- Amor, você sabe que precisa comer comida vegana pelo menos duas vezes no dia. - insistiu.
Sina revirou os olhos, saindo do quarto em direção a cozinha.
- Que tal salgadinhos veganos? Eu não bebo o refrigerante e fica tudo certo. - Noah suspirou cansado ao vê-la abrir a geladeira.
- Refrigerante não é de origem animal, amor...
- Vem da árvore, árvore é natureza, logo é animal. - disse enquanto inclinava-se para dentro.
Noah ficou pensando no que ela havia acabado de falar e percebendo que não fazia o menor sentido.
- Onde está a minha granola? Eu coloquei elas aqui junto com o...
Noah enxugava as mãos no avental branco com a cabeça baixa.
- O que você fez com ela?! - o gritinho estressado o fez levantar a cabeça rápido.
- Com o que? - se fez de desentendido, quando viu os passos firmes de sua bolinha vindo em sua direção com o rosto vermelho.
- Eu deixei elas na geladeira ontem a noite! Cadê? - a única coisa que conseguia fazer era sorrir para a carinha inchada na sua frente.
Noah segurou o rosto com ambas mãos acariciando as bochechas fofas.
- Aquilo tava coberto de açúcar, ia te fazer mal. - beijou a ponta do nariz.
- Ia fazer mal por que?! Eu preciso de glicose! Quer que eu morra? Quer ficar viúvo?!
- Você não vai morrer, amor...
- Vou sim, eu preciso de comida doce! - abraçou os ombros largos fazendo manha com certa dificuldade pela extensão da barriga que crescia cada vez mais.
- Você precisa de frutas. - disse apoiando o queixo na sua cabeça, abraçando-a de volta.
Ela ergueu a cabeça a carranca estampada no rosto.
- Eu. Não. Vou. Comer. Mato! - silabou - Minha filha também não gosta disso! - gesticulou para a barriga.
- Nossa... não faz assim, vou ficar com a consciência pesada se você não comer, babe. - usou a voz mais doce que havia para convence-la.
- Pode pelo menos colocar chocolate por cima? - suspirou.
Noah arqueou uma sobrancelha e ela bufou rendida, se virando para sentar em um dos bancos da cozinha, tendo dificuldade para subir o que fez Noah rir, com carinho.
- Tá rindo do que, palhaço? Queria ver se fosse você que tivesse engravidado. - as mãozinhas gordas se apoiaram no balcão.
- Ai você iria cuidar de mim, igual eu cuido de você. - Fez um biquinho nos lábios.
E ela sabia que por mais chato que possa ser, Noah pensava a cima de tudo em seu bem estar, tanto que passava noite em claro no começo da gravidez, zelando para que os enjoos não fossem tão desagradáveis.
- Para de me olhar assim, da vontade de te matar e jogar no lago!
Noah sorriu.
- Vou pegar as frutas, não ouse fugir. - e sumiu pelo corredor.
Voltando com a bandeja prateada repousando-a sobre o balcão branco.
Pegou um garfo espetando uma das frutas verdes, direcionando a boquinha franzida com desgosto.
Ela abriu minimamente até a fruta ser deixada lá.
- Você lembra daquele dia que sai com sua mãe? - ela perguntou fazendo careta enquanto mastigava.
Noah assentiu.
- Tinha umas crianças no parque brincando e eu queria ir no balanço. - a voz era manhosa, parecia uma criancinha. - Mas eu fui sentar e a porra da minha bunda não coube! - lamentou em um quase choro.
Noah não se segurou e começou a rir tampando a boca com a mão que segurava o garfo.
- Para de rir, mas que saco! Minha bunda tá enorme, eu nem caibo em um balanço. - fez beicinho e uma lágrima rolou pela bochecha fofinha.
Noah imediatamente parou de rir, dando a volta no balcão para abraçar sua bolinha, apoiando sua testa em seu ombro.
- Oh meu Deus, sua bunda tá gostosa, o balanço podia ser mulher... - disse enquanto enxugava a lágrima que escorria do rostinho corado.
Ela ouviu aquilo tentando entender o que ele havia dito.
- Vamos comer pizza com muita borda. - sussurrou baixo.
- Não me enrole, você ainda não comeu as frutas.
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𝑫𝒂𝒅𝒅𝒚
FanfictionNoart | ❝Onde Noah é pai de primeira viagem, e está lutando com os hormônios de sua esposa, Sina, a flor da pele.❞ noart adaptation autora original: princesavtoria