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- Não sei porque não fomos para a lanchonete almoçar lá. - revirou os olhos, se remexendo no banco do carro.

- É domingo, amor, o que custa a gente ir para a casa da minha mãe? - Noah mantia os olhos na estrada.

- O que custa?! Ela me odeia! - Gritou gesticulando.

- Ela não te odeia amor, para com isso.

- Ela sussurrou no meu ouvido que ainda dava tempo de desistir no dia do nosso casamento, Noah!

Noah prendeu o riso, ao ver ela emburrar a cara virando o rosto para o vidro do carro.

- Da pra parar? - ela fixou os olhos no vidro do carro, colocando as mãos sobre a barriga.

Noah entrou em alerta.

- O que, por que? Vai nascer?! Meu Deus, calma amor! Eu vou é.. te levar para o...

- O que? Claro que não! Eu tô de sete meses, Noah! Meu Deus, eu só quero fazer o número um. - encarou ele com os olhos pidões, mas ainda indignados.

- Número um? O que exatamente? É coisa de mulher?

- EU PRECISO MIJAR, NOAH! QUER QUE EU DESENHE?!

noah soltou um grande "ah" assentindo.

- Mas aqui só tem mato, você vai detrás de uma-

- Eu vou mijar no mato! - gritou indignada. As bochechas se inflavam e coravem.

- Ora, por que não? Eu já vi a s-

- Seu tarado! - cruzou os braços desajeitados sobre o barrigão, Noah riu, mas ainda tentava convencê-la.

- Não pode esperar só um pouquinho então, babe? A casa da mamãe é logo al...

- Eu não vou mijar na casa da sua mãe, ela não gosta de mim! Pode parar no posto, rápido, tô nem ai!

Noah suspirou, mas não contestou, parando o carro no primeiro posto próximo a casa da sua mãe.

[...]

Os braços recepitivos da mãe de Noah estavam abertos na varanda da casa, esse que abraçou-a, e Sina segurando sua mão revirou os olhos disfarçadamente.

- Oh! Você? - ela disse surpresa soltando Noah.

- É, pois ainda estou com seu filho, sogrinha. - forçou um sorriso e Noah pigarreou para ela.

A mãe de Noah olhou confusa, mas ela não enganava, na frente de Noah, o filhinho único dela, ela era um anjo, já por trás...

- Vamos entrar, hm?

A porta foi aberta, eles se acomodaram no sofá grande da sala.

- Hoje eu vou fazer seu prato favorito, filho, do jeitinho que você gosta, já que parece que você não come bem a tempos.

Sina arregalou os olhos, o que ela estaga insinuando? Que ela não sabia cozinhar bem o suficiente para Noah era isso?

Aquilo era uma provocação, mas para Noah era amor de mãe, ele sorria igual bobo para ela.

- Sina, pode me ajudar, querida?

- Eu? - arregalou os olhos. - Eu nem consigo ficar de pé direito!

- Amor... - Noah fez uma cara de pidão com a voz manhosa.

- Olha o tamanho dos meus tornozelos, Noah! - esticou as pernas gordinhas em sua direção.

Noah continuou com o mesmo olhar e ela bufou.

- Tá, tá! eu Eu

Levantou do sofá com esforço, semi cerrou os olhos para Noah que sorria doce.

Lá na cozinha Sina observava sua sogra pegar um dos potes no armário.

- Bom, primeiro, vamos fazer o arroz.

- Ah, então deixa comigo, porque Noah gosta dele soltinho. - recolheu o pote das mãos dela.

- Claro que não! Ele gosta dele grudadinho, desde criança, sempre foi assim. - pegou o pote de volta, negando.

- Mas agora ele é adulto, e meu marido e ele gosta soltinho sim! - tomou o pote novamente.

Ela gargalhou em deboche.

- Ele é meu filho, eu o conheço, ele gosta grudadinho.

- Soltinho! Qual o seu problema sua...

Os gritos da discussão chegaram em Noah que chegou assustado na cozinha.

- O que tá acontecendo aqui?!

- Sua mãe começou! - apontou para a senhora próxima a mesa.

- Ah sim, claro! Venha aqui meu filho não é verdade que você gosta do arroz grudadinho? - questionou com as mãos na cintura.

Sina silenciosamente mostrou a língua para ela que não viu, mas Noah sim.

- Querem saber? Eu vou pedir comida pronta hoje.

𝑫𝒂𝒅𝒅𝒚Onde histórias criam vida. Descubra agora