Yukimiya Kenyu

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Eu simplesmente amo quando chega o fim de semana. Um dia que eu posso fazer qualquer coisa, ou nada. Sem muitas preocupações e coisas do tipo.

Eu queria ficar em casa com Kenyu assistindo alguma coisa na TV, mas não, ele fez minha cabeça e me convenceu a dar uma volta por Shibuya. Não tem nada demais lá,, não estava evitando ninguém e muito menos fugindo da polícia, o fato é que eu estava com preguiça mesmo. Domingo a gente poderia fazer isso, mas ele insistiu e veio com papo de que teria um jogo com alguns amigos e não poderia me dar atenção. Um fofo.

A gente estava andando em plena tarde de sábado em um sol que graças a Deus não queimava. Só era eu e ele. A gente estava pensando em ir até algumas lojas de conveniência comprar besteiras e coisas aleatórias, só pra gastar dinheiro mesmo. Depois de fazermos compras iríamos jogar boliche e comprar mais besteiras. Pra finalizar ficaríamos em um parque vendo o pôr-do-sol. Uma coisa bem baitola porque eu quero.

Yukimiya e eu já estávamos andando pela multidão enquanto eu quase gritava porque não era possível ouvir minha voz no meio de tantas outras. Nesse meio tempo um fotógrafo aleatório parou nós dois, bem, na verdade foi só o Yuki, mas mesmo assim. Aquele ser parou o moreno e começou a elogiar o mesmo, eu só fiquei olhando com uma sobrancelha erguida, esperando aquela viadagem acabar logo.

Kenyu só sabia sorrir e responder de forma amigável, ele era um anjo. Mas não precisava tanto. No final ele tirou algumas fotos do MEU HOMEM e finalmente desapareceu, amém.

— Odeio pessoas, sabia?

O de óculos me olhou de canto com uma expressão um tanto confusa porém com um toque de diversão.

— Então você me odeia, não? — Ele questionou com um pequeno sorriso no rosto, um sorriso divertido, enquanto não desviava os olhos de mim.

— Não.

Ele novamente fez aquela expressão de confusão e voltou a olhar para o caminho enquanto se aproximava mais de mim, porém sem me tocar.

— Você é bem... peculiar, sabia?

Fiz uma expressão de falsa incredulidade e virei meu rosto para o olhar com a boca semi aberta.

— Me senti atacada, não volte a fazer isso.

Ele apenas riu e voltei a direcionar meu olhar para frente. Sem perder muito tempo eu também havia me aproximado dele e peguei sua mão com delicadeza e carinho. Acariciei um pouco e continuei andando, agora de um jeito mais baitola.

Depois de um bom tempo de caminhada finalmente achamos uma loja de conveniência onde vendiam comidas, coisas que trazem câncer. Mas só um dia comendo isso não iria matar ninguém, né?

— Sério que você quer comer... essas coisas? — O de óculos indagou com uma expressão de desgosto.

— Eu vou e você também! — Respondi, pegando alguns dos pacotes de alguma coisa doce e colocando na pequena cesta que Yukimiya carregava na mão direita.

— Eu não vou. — Negou.

— Vai sim, só hoje. Não vai morrer se comer dessa vez. — Me virei da prateleira e olhei pra ele com uma cara de cachorro sem dono.

— Agh. — Ele tentou protestar e apenas revirou os olhos mudando a direção do seu olhar.

— Yukiiii...

— Não vai me deixar em paz se eu não aceitar, não é? — Abanei a cabeça positivamente e ele apenas soltou um suspiro.

— Te amo. — Falei, ficando na ponta dos pés para chegar até a altura do garoto e deixar um beijinho na bochecha do mesmo.

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