Com a saúde precária do rei Viserys, os membros do Grande Conselho e nobres lordes debatem sobre a sucessão de Rhaenyra. Com Aegon II vivo e sendo o único herdeiro homem, ele possui mais legitimidade ao trono. Portanto, os verdes tramam contra a cor...
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Em Porto Real, o coração dos sete reinos e a capital do continente, o rei demonstrava mais sinais de piora para os meistres — esses que trabalham do nascer ao pôr do sol para mantê-lo bem.
Após o Grande Meistre ter relatado para o pequeno conselho e a rainha Alicent sobre o estado de saúde do rei, os meistres reduziram seus esforços em busca de alguma suposta cura, e concentraram-se no conforto do rei, agora que passava a maior parte de seu tempo acamado.
Viserys recebia visitas apenas de sua esposa, raramente de seus filhos e menos ainda de seu irmão, Daemon, que agora vivia em Pedra do Dragão ao lado de Rhaenyra.
Alicent e seu pai governavam junto aos membros do conselho em sua ausência, e tomavam grande parte das decisões por conta, mantendo Viserys afastado da política, cujo qual passou décadas tentando fugir.
A cidade continua, costumeiramente, a tocar seus negócios como outrora. Os bordéis sempre lotados, o comércio circulando, as pessoas trabalhando.
O príncipe Aemond, montador de Vhagar, dividia seu tempo em voar com o maior dragão do mundo desde os tempos de valíria ou treinar com a espada no pátio da Fortaleza Vermelha.
Aegon, no entanto, gastava mais o seu tempo produzindo bastardos e trazendo vergonha para a sua casa, permitindo barbáries cometidas sob suas ordens. O príncipe e filho mais velho de Viserys preferia desperdiçar sua energia cometendo crueldades.
Helaena, a única irmã Targaryen mulher na capital, mostrava a cada dia viver num mundo que era só seu, e embora estivesse casada e possuísse filhos com Aegon, seu irmão, os dois não passavam muito tempo juntos.
Em seus aposentos, o Grande Meistre observava as feridas horrendas em toda a extensão do corpo do rei, e as limpava como diariamente fazia. A rainha Alicent estava presente, e para ela tudo aquilo soava como um método de tortura:
Remover a pele morta por cima da ferida para não infeccionar, limpar com um pano áspero — ainda que úmido — a carne viva que insistia em sangrar a todo instante; ouvir os gritos que quase não saíam da boca do rei de tão fraco que estava.
Viserys fora um bom rei, nomeado de Viserys, O Pacífico, e certamente não mereceu o destino que lhe foi dado.
— Alicent! — Ele esticou sua mão, o braço já sem músculos, atrofiados.
A rainha piscou rapidamente, os olhos cheio d'água, e ligeiramente foi até ele, ganhando a permissão do meistre para se aproximar.
— Estou aqui, meu rei. — Sentou-se na borda da cama, enquanto os serviçais foram repetir o processo do outro lado. Agora a rainha enxergava aquela tortura mais de perto. — Seja forte, eu estou aqui.
A rainha Hightower nunca deixou a desejar para Viserys. Pariu três saudáveis meninos para o rei, enquanto a sua falecida esposa não lhe deu nenhum, cuidou e criou os seus filhos da melhor maneira que conseguiu e por fim, dedicava seu amor ao seu rei e agia de acordo com as suas responsabilidades para com o reino.
