A Court Of Wishes and Happiness (Azriel)

Capítulo 8

Capítulo 8 ― Oito.

Eliza watches the dawn with her partner.

Azriel despertou quando ouviu o som que alguns pássaros faziam conforme passavam por sua janela, tinha apenas cochilado e sentia uma leve dor de cabeça surgindo pela falta de sono já que não tinha conseguido dormir de forma profunda a noite inteira desde que havia decidido se recolher.

Tinha deitado na cama e virado de um lado para o outro, tentou durante horas achar uma posição que fosse a perfeita ou que ao menos pudesse lhe ajudar naquela situação, mas nada parecia fazer efeito ou queria colaborar consigo.

Já estava acostumado com a insônia lhe acompanhando em algumas noites, mas não imaginou que teria uma pessoa rondando seus pensamentos e impedindo que o sono chegasse. Quando tentava fechar seus olhos decidido a dormir, a figura de Eliza acabava vindo em sua mente.

O vestido de noiva preto havia servido perfeitamente em seu corpo, o buquê também tinha realçado sua beleza que seguia escondida pelo véu e quando ele o tocou puxando o tecido para cima se viu completamente perdido naqueles olhos brilhantes e na pele tão macia que parecia estar a espera de seu toque.

Mas, ele sabia que jamais poderia tocá-la e permitir que ela sentisse o toque de suas mãos queimadas e nojentas, ela não merecia aquilo. Se controlou para não ficar com as mãos sobre ela por tanto tempo quando dançaram juntos e preferiu ficar afastado para que ela pudesse se divertir junto de suas amigas.

Azriel não imaginou que um sorriso iria surgir em seus próprios lábios quando viu a forma como ela tinha ficado feliz ao ver a biblioteca cheia com os livros ela. Desejou ter a chance de seguir vendo o rosto feliz dela mesmo que não fosse por ele o motivo de sua feição estar daquela forma, engoliu a seco quando ela o agradeceu e pediu para que ele a chamasse por um apelido.

― Liz... ― Ele murmurou enquanto se levantava e balançou cabeça indo para o banheiro, ainda sem saber se tinha feito bem ou não ao ignorar o apelido que todos a chamavam e ter criado um exclusivo para ela.

Eliza precisava de um que combinasse com seu nome, mas ele sentiu vontade de chamá-la de luz já que era assim que ela estava parecendo para si desde que passou a ter sonhos com a parceira sem sequer imaginar que ela existia.

Após fazer sua higiene, Azriel pensou em fazer alguns exercícios no pátio e diminuiu seus passos quando passou pelo quarto dela, respirou fundo de propósito quase perdendo os sentidos quando sentiu o cheiro dela reparando que o cômodo já tinha adquirido o seu aroma em tão pouco tempo.

Ela tinha uma fragrância que lembrava a laranja e sorriu fraco quando reparou que o bolo que ela tinha oferecido para si quando ele foi visitá-la também era da fruta, talvez pudesse ser também a fruta preferida de Eliza.

Ele deixou de pensar naquilo quando viu as sombras sorrateiras tentando entrar no quarto ao verem que a porta estava entreaberta.

― Não façam... ― Ainda tentou falar, mas elas se soltaram de suas amarrações por alguns segundos e a porta foi empurrada com força.

Azriel temeu acordá-la e já imploraria por perdão, mas ficou surpreso quando reparou que a cama estava completamente arrumada como se não tivessem a usado, o local estava silencioso se não fosse o canto dos pássaros e temeu que ela pudesse ter ido embora.

"Fundos."

As sombras sussurravam para si mesmo que ele mandasse que elas ficassem quietas, pareciam querer provocá-lo ao ver a afobação dele enquanto descia as escadas e caminhava de forma rápida passando pelos extensos corredores até chegar aos fundos da residência.

Eliza respirou fundo mais uma vez vendo que o pátio que Azriel tinha era cercado pelas flores e pela natureza até chegar a casa de sua mãe que ficava alguns metros distante da sua, ela ainda não havia visto a sogra e pensava no que faria ao ver sua amiga de feira sendo a mãe do seu marido. Tinha acordado cedo como sempre e havia aproveitado a laranja no cesto de frutas para fazer um chá misturando também um pouco de mel para deixá-lo doce e decidiu que iria para fora ficar observando o amanhecer se instalar no céu e presumiu que seria um dia ensolarado.