Inefável - Richard Rios

Convite

Richard Rios
📍São Paulo, SP

Estava voltando do treino, a mente ainda focada no jogo de hoje contra o Atlético Mineiro, quando meu celular tocou. Era uma chamada de Giulia. Atendi rapidamente, curioso e um pouco apreensivo sobre o que ela tinha para dizer.

- Oi, Giulia. Como você tá? -perguntei, tentando manter a voz calma.

Giulia: - Oi, Richard, to bem, e você? -respondeu ela, com uma suavidade na voz que sempre me acalmava.

- Estou bem também, apenas me preparando para o jogo de hoje à noite. O que você queria falar? -eu podia sentir que havia algo importante vindo pela frente.

Giulia: - Eu conversei com o Jonathan, e ele sugeriu que nós três tivéssemos uma conversa. Ele quer te conhecer melhor e entender melhor nossas intenções. O que você acha? -disse ela, um pouco hesitante.

Senti meu coração acelerar. Uma conversa com Jonathan, o irmão superprotetor e capitão do time rival, não seria fácil. Mas sabia que era um passo necessário para fortalecer meu relacionamento com Giulia.

- Claro. Acho que é uma boa ideia. Quando ele gostaria de se encontrar? -perguntei, tentando soar mais confiante do que me sentia.

Giulia: - Podemos marcar para daqui a dois dias? Assim você tem tempo de se preparar para o jogo hoje -sugeriu ela.

- Perfeito. Vamos nos encontrar então -concordei e depois, resolvi dar um passo mais ousado. - E já que estamos falando sobre o jogo... O que acha de vir assistir hoje? Seria ótimo ter você lá.

Houve uma breve pausa antes de Giulia responder.

Giulia: - Richard, eu adoraria, mas acho que é melhor esperar um pouco. Ainda estamos tentando resolver as coisas com meu irmão, e não quero complicar mais nada agora.

- Suave! Sem problemas. Apenas saber que você está torcendo por mim já é suficiente -disse, tentando esconder a decepção na minha voz.

Giulia: - Obrigada por entender. Boa sorte no jogo de hoje. Sei que você vai arrasar -disse ela com uma doçura que aqueceu meu coração.

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A hora do jogo contra o Atlético Mineiro havia chegado. O estádio estava lotado, a torcida animada e pronta para apoiar o time. Entrei em campo com uma mistura de nervosismo e determinação. Eu sabia que esse jogo era crucial, não apenas para o time, mas também para mim pessoalmente. Giulia estaria assistindo, e eu queria fazer algo especial para ela.

Desde o apito inicial, o jogo foi intenso. Ambos os times estavam dando tudo de si, e cada jogada era disputada com fervor. Concentrei-me em cada passe, cada drible, e cada oportunidade de gol. A primeira metade do jogo foi um verdadeiro teste de resistência e habilidade, com ambos os times criando chances, mas sem conseguir abrir o placar.

Então, aos 30 minutos do segundo tempo, a oportunidade que eu esperava apareceu. Recebi um passe perfeito do Zé Rafael, driblei um defensor e me vi frente a frente com o goleiro. Com um chute certeiro, mandei a bola para o fundo da rede. O estádio explodiu em aplausos e gritos de euforia.

Sem pensar duas vezes, corri em direção à câmera mais próxima. Com o coração batendo forte, formei um coração com as mãos e olhei diretamente para a câmera, um sorriso no rosto. Era uma homenagem discreta para a Giulia. Queria que ela soubesse o quanto era importante para mim e que estava pensando nela naquele momento especial.

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Com a vitória garantida e o time em êxtase, fomos para o vestiário comemorar. A energia era contagiante, todos os jogadores estavam animados e felizes pela vitória. Mas, em meio à euforia, minha mente ainda estava focada na homenagem que havia feito para Giulia.