Sonhos de Prata || PJM + JJK

Grande falácia

NÃO ME MATEM, nao tinha outra continuidade alem dessa. SEGURA NA MÃO DE DEUS E LÊ 

TW: crise de ansiedade e ataque de pânico. 

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"Dia e noite, as quedas se repetem, eu tento ignorar o crepúsculo negativo, mas dia e noite as quedas se repetem (socorro, me tire daqui). Faça tudo certo, tudo ira ficar bem. Mentira, mentira, mentira."

Alone - JIMIN

A consciência volta devagar para Jimin, sente seus pés, suas mãos, alguns sons, alguns cheiros, até que consegue, mesmo com a mente confusa, começar a abrir os olhos. A luz é incomoda, as mãos estão presas e ele esperava, no mínimo, uma sala escura com uma luz desagradável na sua cabeça, mas não, estava em um escritório simples, porém bem decorado, vários papeis na mesa, nada que indicasse ferramenta de tortura. Ele ainda se sentia extremamente burro pela sua curiosidade, ainda se criticava por ter sido um completo amador, mas se acolhia no pensamento de que podia estar em uma situação infinitamente pior. Jimin tenta puxar os punhos, mas está contido, nota, inclusive, que quanto mais puxa, mais dói, característica de algemas com uma fina camada de prata, que por si não oferecem risco a vida, apenas geram desconforto. Sua segunda ação é fungar o ar, com força, procurando alguma evidência de seu paradeiro ou de quem estava perto. Ele nota o cheiro de terra e areia, o que indicava uma estrutura abaixo do solo. Era irritante não sentir nada além disso e dos itens da sala, como não havia nada? Não havia ninguém por ali? Ele estava sozinho? Como deixariam ele sozinho? Era uma piada de mal gosto desmerecer sua capacidade de fugir?

Jimin pisca algumas vezes tentado melhorar seu foco, não para ver, mas para se reestabelecer de alguma forma, tentando afastar a tontura leve que ainda sentia na sua mente pelo sedativo. Antes da tontura passar por absoluto, ele escuta a por atrás de si abrir, o que é suficiente para aumentar seu estado de alerta. A tontura e necessidade de se restabelecer é suprido pela adrenalina, seu corpo estando preparado em segundos para reagir a possíveis ameaçar. O ômega franze o rosto, sua raiva crescendo no peito até um curto e baixo rosnar tremer o peito. Ele espera, até algo acontecer. Passo a passo, lentamente, lento até demais, alguém se aproxima, os passos mais próximos dos seus ouvidos até o corpo sem cheiro e sem som, parar atrás da cadeira que estava. Duas mãos tocam seus ombros, e uma voz totalmente mecanizada alcança seus ouvidos do lado do direito:

- Podemos desenvolver essa ideia depois...

Uma das mãos desce lenta, até puxar a algema devagar pela corrente e Jimin rosna, alto, claro, nítido, um ódio antigo crescendo no peito, o instinto de proteger seu status como marcado das mãos de curiosos. Poucos falavam disso, assim como existia instinto por procriação, instinto por proteção e instinto por cuidado, existia uma necessidade ancestral de assegurar seu pareamento, onde nem um lado do par, permitia que fosse tocado de forma intima, que não pelo seu par. Alguns lobos, por óbvio, rompiam com esse instinto com certo esforço, mas Jimin apenas não era desses, inclusive, seus anos e anos de celibato, derivavam do fato que seu inconsciente sabia que ele tinha sua metade. Aquele que o toca se afasta, com um riso estranho, forçado:

- Você tem um par, claro. Bonito assim jamais estaria solteiro.

O homem roda ao redor de Jimin até parar a sua frente com a maldita máscara dourada e seus odiosos bloqueadores de cheiro. O lobo tinha a mandíbula travada, o mesmo rosnar mais baixo no peito, os olhos dourados acompanhando cada mínimo movimento da sua "presa" e senão fossem pelas algemas com prata, ele estaria agarrado a jugular do ousado a sua frente. O estranho ser anda devagar até a mesa, onde se reclina com o quadril e cruza os braços, casualmente, estando de frente para o omega. Jimin usa a oportunidade para tentar se acalmar, ciente de que não estava na posição de controle ainda e que não podia cometer o mesmo erro imaturo que o colocou nessa posição. Inicialmente sua respiração eram arfadas pesadas, mas, com alguns segundos, permitiu seu corpo relaxar progressivamente, sua respiração estabilizar e seu rosto suavizar. A prioridade era entender o que estava acontecendo e em seguida, como se livrar do que estava acontecendo: