Sonhos de Prata || PJM + JJK

Jeoseung Saja

NOTA:

Oh eu atualizando todo dia de novo, bem doida pra não perder o andamento da história. Essa fic não ta com muitas views, mas na moralzinha que eu quero agradecer quem ta lendo porque cada view que sobe, eu fico mais animada pra escrever então: OBRIGADA.

Recomendo pesquisar o ser mitológico no título do cap. para fazer mais sentido!

Boa leitura!

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"Pequenos segredos sujos, pequenas mentiras sujas. Faça suas preces e penteie seus cabelos, salve sua alma essa noite. (...) Eu não sou Jesus, eu não vou perdoar."

I'm not Jesus - Apocalyptica feat. Corey Taylor

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- De novo! – Yoongi gritou, escorado nas cordas do ringue de boxe.

       Jimin tinha encerrado a quarta disputa com outro membro de seu clã na academia da Dolaceia. Kick-boxing era ótimo para o lobo, podia usar bem suas pernas flexíveis e fortes, mas ainda sim, estava empatado. O loiro podia argumentar que seu oponente era 15 cm mais alto que ele e largo como uma geladeira, mas sabia que se estivesse mais focado, poderia ter vencido todas lutas. Mesmo duas semanas passadas da última reunião do Parlamento, o ômega permanecia inquieto, a reação da dupla de vampiros quando falaram sobre os Dourados atiçou sua curiosidade e levantou suas suspeitas sobre os sanguessugas. Não podia afirmar que estavam envolvidos, mas tinha certeza que sabiam de algo mais, e dois parlamentares cientes das ações de uma milícia e guardando tal segredo era um problema. Não atoa, Jimin fez uso dos seus contatos para solicitar, de maneira discreta, acesso as informações conquistadas até agora sobre os Dourados. Ele tinha certeza que existia uma investigação em andamento antes mesmo deles solicitarem e mais certo ainda estava de que os vampiros sabiam além do que era ofertado aos lobos do Parlamento.

       O loiro ajeitou os cabelos úmidos de suor para trás com a destra enfaixada, puxando ar pelos lábios e o quadril sustentando parte do seu peso com apoio da canhota. A regata aberta nas laterais mostrava a maioria das peças de arte sobre sua pele: no ombro um conjunto de folhas e flores bem adornadas, no entorno parreiras de uva que seguiam até sua clavícula; um carvalho com um lobo dormindo ao pé na lateral esquerda do seu tronco, em um pulso parcialmente coberto pelas faixas, um 13, no outro um 7. A parreira de uvas pelo cheiro das mesmas fermentadas que sentia no seu sonho, o 7 foi feito por impulso anos atrás depois de correr pela floresta Mayor de Unus. 13 era seu número, e o lobo dormindo era um reflexo de como desejava viver sua tranquilidade. Tratava o significado de suas tatuagens de maneira simplista, com exceção as uvas que desenhavam sua clavícula esquerda, essa ele se recusava a falar sobre, inventava uma desculpa de que "amava uvas e eram tão bonitas", muito melhor do que assumir que tatuou algo que remete o rastro de um cheiro de um sonho sem sentido.

     Assentiu para o amigo em afirmação, distribuiu o peso nos pés e assumiu sua posição de combate, um pé a frente do outro e joelhos levemente flexionados, mãos levantadas em frente ao rosto, fechando a guarda. Deu alguns pulos curtos no chão, os olhos fixos no alfa a sua frente, ambos com traços de sangue seco dos cortes cicatrizados pelo rosto.

- Espera! – Yoongi anunciou, chamando atenção da dupla. Tirou um aparelho do bolso. – Seu Hybe tá vibrando, Jiminie.

     Hybe era o nome do aparelho que usavam nos pulsos. Funcionava como um "celular", mas o som era vinculado a airpoints, pequenos brincos presos aos tragos que emitiam o som diretamente ao canal auricular enquanto a tela se abria em projeção sobre o punho. A tecnologia dos hologramas em projeção distorcia as imagens ao lado e por trás, assim apenas quem recebia a mensagem, chamada, ou passeava seu aparelho podia ver o que se estava a sua frente.