Missão dos apaixonados, parte 2.

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Se Fushiguro estava envergonhado? Não, definitivamente não.

Afinal, por que ele estaria envergonhado por entrar na porra de um motel gay junto de seu amigo, que, por sinal, o moreno acha estranhamente atraente às vezes?

Claro que ele não estava envergonhado. Só quase deu um soco em Itadori quando o rosado perguntou se eles iriam entrar dentro do local da missão.

- Bom dia! - A recepcionista sorriu e disse atrás do balcão, simpática. - Vai ser reserva para dois?

Yuuji limpou a garganta olhando de soslaio para Megumi, que estava mais afastado, e parecia estar querendo voar no pescoço dele daqui a pouco.

- É, reserva para dois. - O rosado respondeu, tentando soar o mais natural possível.

- Cama de casal, certo?

- Tanto faz. - Ele deu de ombros.

A recepcionista só assentiu e mexeu os dedos no teclado do computador do motel, até que ela olhou para os dois e perguntou:

- Posso ver a identidade de vocês?

- Ah, ok. - Itadori sorriu, se virando para Fushiguro, que estava com as identidades falsas, e, com uma naturalidade tão grande que até ele mesmo se assustou, o rosado disse: - Amor, pode pegar as nossas identidades?

Afinal, eles estavam fingindo ser um casal, certo?

- Tá. - Megumi só assentiu, não demonstrando nenhuma reação quando Yuuji o chamou de "amor", mas, enquanto se aproximava do balcão, o moreno pisou no pé do amigo.

Quando Fushiguro colocou as identidades falsas encima do balcão, Itadori começou a ficar levemente tenso.

Afinal, na identidade estava escrito que eles tinham 35 anos.

Quem caralhos iria acreditar que um moleque de quinze anos e outro de dezesseis têm trinta e cinco anos?!

Só pode ser alguém muito burro para acreditar nisso. Ou cego.

- Vocês estão muito bem conservados para a idade, sabiam? - A moça respondeu, sem olhar com tanta atenção assim para a identidade falsa, e entregando-a de volta para Megumi.

- Obrigado.

A recepcionista sorriu e deu uma chave para Yuuji.

- O quarto de vocês é o 266. - Ela disse, e Itadori, por sua vez, só assentiu. - Boa foda!

Fushiguro revirou os olhos e puxou Itadori pelo uniforme até o quarto indicado.

...

Entrando no quarto, havia uma cama de casal com dois travesseiros. Em um deles estava escrito: "sexo" e, no outro, estava escrito: "foda".

- Tá, eu procuro algum resquício de energia amaldiçoada por aqui. - Megumi disse, ignorando a temática do quarto e apontando na direção do banheiro, que, por algum motivo, não tinha porta. - E você procura por alí. - O moreno apontou para o quarto do motel.

- Hum... Tá, então tá.

Fushiguro suspirou e foi procurar no banheiro, enquanto Itadori procurava debaixo da cama.

Não demorou muito tempo para que Megumi desse um berro assim que entrou no banheiro.

Foi tão alto que Yuuji levou um susto e acidentalmente bateu a cabeça na cama, enquanto ainda estava debaixo dela, momentaneamente esquecendo que estava embaixo de uma cama.

O rosado rapidamente de arrastou para fora da cama gigante e correu até o banheiro.

- O que foi?!

Megumi estava parado onde deveria ficar a porta do banheiro, olhando para algo que estava no cômodo, em um misto de surpresa e susto.

Dentro do tal banheiro, o cão divino totalidade, de Fushiguro, estava mordendo o braço de uma maldição que estava na banheira, em uma posição deverás sugestiva.

- Ainda dá tempo de dar o fora daqui? - Megumi murmurou para Itadori logo atrás dele.

- Então, né...

Gato Preto & Golden Retriever - ItafushiOnde histórias criam vida. Descubra agora