Maid missão.

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Bem, a parte de Fushiguro naquela missão até que era fácil.

Megumi e Inumaki estavam com a missão de descobrir onde ficava o escritório do chefe daquele maid café.

Por sorte, ninguém desconfiou quando os dois simplesmente entraram no restaurante pela porta dos fundos e começaram a atender as pessoas.

Afinal, nenhum dos funcionários conhecia pessoalmente o chefe, então ninguém iria questionar se os dois feiticeiros Jujutsu estavam realmente trabalhando lá.

A única coisa que estava irritando o moreno era o pequeno fato de ser difícil andar pelo restaurante enquanto usava a desgraça de um vestido longo e pesado. Ah, e também o fato de o estarem confundindo com uma garota.

Talvez fosse por causa do enchimento.

Fushiguro estava andando pelo restaurante com um bloquinho de notas, enquanto procurava alguma maldição ou resquício de energia amaldiçoada pelo local.

- Ei, mocinha, pode vir me atender? - Um cliente de uma das mesas gritou.

Mocinha?

Megumi respirou fundo, indo até a mesa e colocando o melhor sorriso que tinha.

Ele estava parecendo o palhaço Pennywise.

- Primeiramente, mocinha só se for seu cu. - O moreno começou, com uma animação forçada. - E se me chamar de mocinha de novo, eu cuspo na sua comida.

- Ah, essa personalidade de maid não tá no cardápio. É nova? - O cliente indagou, verificando o cardápio.

Como não era pago o suficiente para ter que aturar isso, Fushiguro só pegou uma bandeja de metal, no balcão de atendimento, e usou ela para bater na cabeça da pessoa que ele estava atendendo.

...

- Awn, o Inumaki tá tão fofinho com essa roupinha, né? - Yuta comentou com Maki.

Os dois estavam nos dutos de ventilação do restaurante, para procurar alguma maldição ou feiticeiro de uma forma mais ampla.

Enquanto eles se rastejavam pelos dutos, acabaram parando no duto que levava até a parte da frente do restaurante, onde os clientes eram atendidos.

A missão estava indo bem, até que Okkotsu perdeu o foco e ficou observando Inumaki pelo duto de ventilação.

A esverdeada suspirou exageradamente e deu um tapa na cabeça do amigo.

- Yuta! Foco, porra! - A Zenin murmurou.

- Ai! - Yuta reclamou, alisando a parte atingida. - Tá, foi mal. - Ele murmurou de volta, arrancando dois pequenos fios do próprio cabelo e jogando pelo buraco de ventilação do duto.

Fios de cabelo esses que rapidamente se transformaram em dois pequenos shikigamis com asas, que saíram voando pelo estabelecimento.

Enquanto isso, Okkotsu e Maki ficaram observando os shikigamis, esperando para ver se alguém iria os notar.

...

- Achou alguma coisa? - Yuuji indagou para Megumi, falando com o namorado pelo celular.

- Ainda nada. - Fushiguro respondeu do outro lado da linha telefônica. - Te aviso se encontrar algo.

- Então tá. - Itadori abriu um sorriso, mesmo que Megumi não estivesse vendo, e assentiu. - Te amo!

E Fushiguro, por sua vez, só desligou na cara do rosado.

- E então? - Kugisaki perguntou enquanto verificava se a barra estava limpa para continuarem procurando.

- Não, o Fushiguro também não achou nada.

Os dois estavam encarregados de andarem pelos corredores dos fundos do restaurante, procurando o escritório do chefe do lugar, ou algo importante.

Por enquanto, ainda não acharam nada. Aquele estabelecimento era gigante.

...

Megumi estava prestes a responder Yuuji, mas deligou na cara de seu namorado ao escutar alguém entrando no banheiro.

Fushiguro suspirou, aliviado, por ter entrado em um dos cubículos antes de atender a ligação de Itadori.

O moreno só estava um pouco irritado por não terem o deixado usar o banheiro masculino, já que disseram que ele estava "feminino demais" para entrar lá.

Então ele teve que entrar no banheiro feminino, estranhando o fato de lá não ter mictório.

- Escutei alguns barulhos vindos dos dutos de ventilação. - Alguém comentou enquanto entrava no banheiro.

Megumi ficou imóvel por um tempo, até se aproximar da porta e encostar a orelha na mesma, para escutar melhor a conversa.

- Uma das garçonetes disse que viu cabelo saindo de lá. Você não escondeu um corpo alí, né? - Outra voz perguntou, e Fushiguro achou que teria um ataque cardíaco.

Aquele era o alvo deles? Assim de graça?

- Não, senhor, o último cadáver que escondi foi na cozinh... - Ela foi interrompida.

- Shh...!

Megumi sentiu seu coração acelerar ao perceber que uma sombra apontando para o cubículo onde ele estava.

Aqueles dois notaram que o moreno estava alí, escondido dentro de um dos cubículos.

Óbvio, aquele pequeno buraco debaixo da porta que tem em todos os cubículos deve ter o entregado.

Fushiguro só fez a primeira coisa que passou em sua cabeça: ele tirou as botas da fantasia - que eram a única coisa que o estava entregando -, subiu encima da tampa do vaso sanitário e entrou dentro da sombra que o mesmo estava projetando no chão, se escondendo alí.

- Tem alguém aí?! - Ele escutou alguém perguntar, se aproximando da porta e se ajoelhando na frente dela.

Mesmo sabendo que estava escondido e invisível alí, Megumi não conseguiu evitar um friozinho na barriga enquanto observava um homem com a testa costurada se abaixando e espiando por debaixo da porta.

Por algum motivo, ele era familiar.

Ah, é. Fushiguro já viu um homem parecido com aquele quando estava fuçando o celular de Gojou há alguns anos atrás.

Mas não deve ser o mesmo cara, né?

O moreno até desejou que Yuuji aparecesse agora, como se fosse um príncipe encantado indo o resgatar daquilo que mais parecia um jogo de terror.

Porém, era óbvio que Itadori e Nobara, naquela altura do campeonato, já estavam bem longe dalí.

O cara com a testa costurada arqueou uma sobrancelha e esticou a mão para dentro do cubículo, pegando as botas que Megumi tinha deixado lá.

Ele não tinha o visto, e só isso já foi o suficiente para o deixar aliviado.

Gato Preto & Golden Retriever - ItafushiOnde histórias criam vida. Descubra agora