Gato Preto & Golden Retriever - Itafushi

Missão em seis.

- Ah, o Fushiguro tá me ligando. - Yuuji comentou, tirando o celular do bolso.

- Deve ter ficado com peso na consciência por ter desligado na sua cara. - Nobara zombou, enquanto olhava para os lados, verificando se não tinha ninguém nos corredores.

- Dúvido. - O rosado respondeu enquanto atendia a ligação e colocava o celular perto do ouvido. - E aí, Meg? Achou alguma cois...?

- ITADORI! - Megumi berrou do outro lado da linha telefônica assim que Itadori atendeu.

O grito foi tão alto que o celular do mais velho quase caiu.

- O que foi? - Yuuji indagou, começando a ficar um pouco preocupado.

Afinal, Fushiguro dificilmente gritava. Deveria ter acontecido algo bem sério, né?

- Você tá bem? Quer que eu vá até aí? - O rosado acrescentou ao notar, mesmo sendo uma ligação telefônica, que Megumi estava ofegante.

- Quê?! Não! - O moreno se apressou em responder. - Eu achei o nosso alvo, acho.

- O quê?! Ele não fez nada com você, né? - Itadori perguntou, ignorando o fato de estarem escondidos, e começou a andar em círculos pelo corredor. - Tá tendo um ataque de pânico ou algo assim? Tem certeza que não quer que eu vá até onde você tá?

- Já disse que não! E fica onde você tá, porra!

- Itadori! - Kugisaki chamou entredentes, fazendo esforço para não gritar. - Que entregar a gente, é?! - Ela reclamou ao perceber que o amigo tinha começado a andar pelos corredores sem nem sequer checar se havia alguém vindo.

- Calma aí, Kugisaki! - Yuuji murmurou de volta, mais preocupado com Fushiguro do que com o risco de serem pegos.

...

- Você percebeu? - Maki indagou ao notar que uma das garçonetes havia notado a presença de um dos mini shikigamis que Yuta havia soltado alí.

- O quê? - Okkotsu indagou, prestando mais atenção em tentar achar Inumaki entre os funcionários do local.

- Yuta, presta atenção na missão, caralho! - A esverdeada reclamou de novo, dando outro tapa na cabeça do amigo.

- Ai! Tá! Desculpa. - O moreno assentiu, mas, logo em seguida, abriu um sorriso bobo ao receber uma ligação de Toge.

A Zenin só suspirou, frustada por não conseguir fazer ele focar na missão, e cruzou os braços.

- Tá, atende logo. - Ela resmungou.

- Inumaki! Tá tudo bem por aí? - Yuta perguntou assim que atendeu a chamada.

- Salada de atum. - O loiro disse do outro lado da linha, simplesmente.

Maki só franziu a testa, não entendendo nada.

Mas Okkotsu, por sua vez - que já sabia de côr todos os recheios de onigiri e os significados deles na linguagem inventada por Inumaki - arregalou os olhos.

- Espera, o quê?! - O mais velho exclamou, esquecendo-se por um instante o espaço limitado do duto de ventilação, e acidentalmente batendo a cabeça no mesmo.

- O que foi? - A esverdeada se intrometeu.

- Tá, tudo bem. Te amo! - Yuta disse ao telefone, desligando antes que Toge pudesse acrescentar alguma coisa.

Maki, por sua vez, só arqueou uma sobrancelha, esperando.

Okkotsu respirou fundo, tentando ficar calmo, mas, assim que terminou, sua expressão já dizia tudo.

- Maki. - O moreno sorriu e começou calmamente, segurando a amiga pelos ombros. - A CASA CAIU!

- Hein?!

- A gente tem que sair daqui agora! A casa caiu, Maki! - Yuta disse, balançando freneticamente a Zenin.

Até que alguém usou alguma coisa para bater no duto de ventilação em que eles estavam, causando um leve tremor no lugar.

- Ei! Tem alguém aí?! - Eles escutaram uma voz masculina gritando.

Uma voz bastante familiar para ambos.

Suguru Getou?!