6. Trono de Ossos

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Eu não podia crer nisso

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Eu não podia crer nisso. O que a merda do pijama de uma vítima do Bone Picker estava fazendo no meu corpo?? Arranquei ele por inteiro, restando somente a calcinha. Respirava agoniada. Não... Não era possível que Fritz fosse o serial killer...

Estiquei o pijama sobre a cama, para analisar melhor, procurando por qualquer sinal de que era engano. Peguei a foto da Amanda Smith no celular e averiguei com atenção. Era o mesmo... Até o detalhe da mancha na manga... Era idêntico!

Ou talvez... fosse só um pijama popular, comprado na mesma loja, e ele realmente tivesse uma irmã com a minha idade...

Perdi o sono por completo, estava agitada, ansiosa, assustada... não sabia se deveria fugir, se deveria ligar pra minha mãe, ou para a polícia... Fui até a cortina do quarto e abri. Era uma cortina que pegava a parede inteira. Me espantei pois não era uma janela, mas sim uma porta de vidro. Lá fora o dia amanheceu em tons cor de rosa, iluminando o pátio com piscina.

Uma piscina linda, com cascata e água cristalina. Jamais estive hospedada em uma casa com piscina. De repente imaginei Fritz de sunga.

Que merda, Chelsea! Ele provavelmente era o Bone Picker e você imaginando ele de sunga, se manca garota! Agitei a cabeça para afastar o pensamento. Tentei abrir para sair pro pátio, e estava trancada.

Cheguei a conclusão que precisaria andar pela casa e procurar outra saída. No fundo, insistia em não acreditar nisso, porque ele foi gentil comigo. Mais que gentil, durante os meses conversando on line, e agora pessoalmente, ele parecia se importar. Isso era raro, nunca tive um amigo, alguém que me salvasse, me recebesse e me tratasse tão bem.

Pra sair do quarto, precisava de roupa. Nem fodendo eu colocaria de novo o pijama, então abri o guarda-roupa. Tive medo de encontrar um esqueleto, para meu alívio havia somente um roupão azul marinho. Tirei do cabide e vesti, era masculino, macio e ficou enorme em mim. Cheirei a gola e inspirei o perfume de Fritz, certeza que o roupão era dele. O aroma almiscarado e elegante preencheu meus sentidos e eu fechei os olhos, era tão bom...

Caralho, não devia me apaixonar. O que faria? Peguei o celular, eram dez da manhã. Precisava ter certeza absoluta que ele era o assassino. Sai da suíte e verifiquei o corredor. A casa estava mergulhada em profundo silêncio. Caminhei para a escada e desci, chegando na sala.

- Fritz? - chamei, e minha voz se alongou pelos cômodos. Aparentemente estava sozinha.

Queria tirar a dúvida então procurei pela residência por qualquer prova de que ele possuía uma irmã jovem, um porta-retratos ou algo do tipo. Na sala de estar não tinha nada. Fui para a cozinha, era - assim como toda a residência - enorme e vasta, branca e limpa, com itens contemporâneos, um balcão extenso e utensílios de tecnologias que até então eram inimagináveis pra mim.

Nenhum sinal de familiares ou relacionamentos, nem um mísero imã de geladeira. E se eu vasculhasse o quarto dele? Seria arriscado, porém, necessário. Retornei para a escada e subi para o dormitório de Fritz. Parei adiante da porta e tentei escutar, estava tudo quieto.

SERÁ RETIRADO 10/12Onde histórias criam vida. Descubra agora