34. A Vítima Perfeita

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Pessoal, peço compreensão com as atitudes de Chelsea nesse capítulo. Lembrem que ela sofreu muito no decorrer da história e seu comportamento é resultado de vários traumas. Obrigada s2


- Me deixem sozinha, por favor

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- Me deixem sozinha, por favor. - pedi pra doutora e pro investigador, sem condições de olhá-los. Ambos me fitavam intrigados com a pergunta relacionada à "ricina".

Como não dei sequência no assunto, apenas concordaram, se retirando da sala.

Eu permaneci estática e sentada, recebendo o soro intravenoso, encarando a parede branca na minha frente, pensando no tanto que me doei e me martirizei por Fritz... Para descobrir mais uma mentira. Mais uma entre tantas.

Realmente acreditei que ia morrer, na minha cabeça me restavam poucos dias de vida, no máximo meses, e isso me coagiu a até mudar de personalidade, mudar meu comportamento e atitudes... Era inacreditável o quão baixo e desumano ele era, criando estratégias para me manipular e me moldar.

Eu precisava me afastar. Não tinha jeito. Teria que abandonar Fritz. Agora ele estava em coma e depois iria preso, afinal... E não havia mais o que ser feito. E preso, seria impossível ele me caçar.

Só de cogitar essa possibilidade, meu coração apertou e meu peito se encheu de profunda mágoa. Fechei os olhos agoniada, lágrimas que nem imaginava existir, vieram à tona. Me contorci me sentindo diminuída, encolhida na cadeira.

Fui tragada por um enorme vazio, enquanto tentava enfiar na cabeça que esse era o certo a ser feito. Se eu não abandonasse Fritz, continuaria sendo sua vítima, continuaria sendo enganada. É claro que, eu devia estar aliviada que não ia morrer, mas o que eu sentia era peso, não alívio.

Era uma tortura da qual não dava pra suportar. Eu o amava, possivelmente mais que a mim mesma - nunca tive amor próprio. Mas agora era a hora de me resgatar desse fundo de poço.

(...)

A enfermeira entrou na salinha e retirou o soro, me dariam alta naquela noite. Maverick, que estava esperando na frente da sala, me chamou para ir tomar um café no refeitório.

Já estava noite de novo. Fiquei tantas horas no hospital que nem me dei conta, embora o tempo se arrastasse.

- Vai querer acompanhar o tratamento do Skarsgård? - perguntou ele, sentando comigo à mesa.

- Não. - falei seca, com uma carranca de tristeza na cara.

Peguei o lanche e comi com desgosto.

- Chelsea, vou ter que fazer o interrogatório com você, mas sei que passou por muita coisa, então vou dar tempo ao tempo. Preciso também tratar alguns assuntos importantes. Podemos falar sobre isso agora?

 Podemos falar sobre isso agora?

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