37. Fim da Linha

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Fritz havia me deixado sozinha na suíte da cobertura

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Fritz havia me deixado sozinha na suíte da cobertura. Após lavar o rosto, fui observar o nascer do Sol tímido e triste despontando na metrópole imensa, através da janela. O clima gélido trazia alguns flocos de neve esvoaçantes com o vento. A mim nada restava além de sentar e assistir o tempo passar, presa física e emocionalmente ao meu atroz.

Passaram alguns minutos e eu ouvi a voz de Fritz ecoando do cômodo ao lado. Isso me surpreendeu porque achei que ele já tinha partido pra ir sequestrar e matar Maverick. Aparentemente entrou em uma discussão com alguém, porque seu tom estava alterado e quase rouco.

Corri para a parede e colei meu rosto para tentar ouvir, para minha sorte a discussão não era em sueco.

- Eu não vou, Fritz!! Não enche a porra do meu saco!!

- Você é a única pessoa que posso contar agora e vai me deixar na mão??

- Ah, vai pra merda. Você é um irmão ingrato, eu e o pai já fizemos tudo o que dava e não dava pra te ajudar, não bastou a gente colocar fogo no hospital e explodir um supermercado, e agora quer mais isso?? Que ideia de bosta é essa??

- É arriscado eu ir sozinho! - Fritz rebateu.

- Então não vai! Você tá se colocando em risco porque quer, porque até agora não entendi seu problema com essa menina, é só a porra de uma menina comum, tem mil mulheres no mundo que vão cair aos seus pés se você estralar os dedos, por que quer sequestrar o caralho de um policial por ciúmes?! Você é doente mental, chega com essa neurose, eu e o pai estamos EXAUSTOS de você e dessas suas manias!! A gente veio de Estocolmo pra te ajudar, pronto, ajudamos, agora DEIXA A GENTE EM PAZ!

Pelo jeito Johan estava furioso. Os gritos quase tremiam a parede.

- Você vai embora pra Estocolmo hoje? - perguntou Fritz desprezando tudo o que o outro falou.

- Vou embora hoje com o pai, se você quer se foder com o policial e com essa menina, problema de vocês!

Ouvi uma porta batendo e achei que a discussão tinha acabado, mas ouvi outra voz.

- Filho, se quiser te ajudo nisso.

- Não, não confio em você.

- Acho que você não tem outra alternativa.

Depois dessa última frase, ouvi a porta batendo novamente, e ninguém falou mais nada. Pelo que compreendi, o pai de Fritz o ajudaria a sequestrar Maverick, porque o irmão surtou e recusou. Pelo menos, o irmão dele parecia sensato, realmente era uma ideia ridícula.

Quanto tudo ficou silêncio de novo, eu me deitei na cama do jeito que estava e me esforcei para dormir, porque minha cabeça estava a mil e eu mal raciocinava direito. Era coisa demais acontecendo e o trauma de vivenciar a morte de meu pai ainda me abalava, recente e fresco na memória.

Eu esperava, de todo coração, que Maverick fosse o mínimo precavido e não se encontrasse com Fritz sozinho como eu implorei, porque de certa forma era óbvio se tratar de uma armadilha.

SERÁ RETIRADO 10/12Onde histórias criam vida. Descubra agora