Ao abrir a porta, olhou com uma expressão incrédula.
— Boa noite, Sofia.
— Natália, você aqui?
— Por que o espanto? — disse a ruiva com um meio sorriso nos lábios.
— Bom, porque nunca havia vindo até a minha casa e, de repente, é a segunda vez que vem em menos de dois dias. Algum problema?
— Eu poderia entrar? Se não for incômodo. — Natália disse impaciente.
— Ah, sim claro. Por favor.
— Obrigada. — disse adentrando a sala.
— O que foi?
— O que foi o que? — Sofia a observava dos pés à cabeça.
— Por que está me olhando como se eu fosse um animal exótico? Sofia não pôde deixar de rir sem jeito.
— Suas roupas.
— O que têm as minhas roupas, Sofia?
— Nada. É que eu nunca te vi assim... desse jeito... despojada.
Natália usava uma calça jeans justa, uma blusa branca decotada e um casaco preto de linho. Não pôde deixar de gargalhar com o comentário da morena.
— Pra quem toma vinho de sutiã na cozinha de casa, não creio que esteja em posição de opinar sobre os meus trajes. Sofia corou.
— A que devo a honra da visita, Senhorita Rosa? — disse tentando mudar o rumo da conversa.
— Você está tão desorientada que anda esquecendo objetos pessoais no local de trabalho.
— Natália estendeu a mão mostrando um celular. — Nossa! — disse estendendo a mão para pegar.
— Meu celular?!
— Pelo visto não tinha notado até agora.
— Sinceramente não.
— Quando eu digo que você anda trabalhando demais, você ainda se irrita. Um silêncio constrangedor pairou no ambiente.
— Que cheiro é esse? — Natália perguntou.
— Ah, não! O risoto! — Sofia saiu em disparada até a cozinha.
— Não acredito! Que droga! Queimou.
— O que? — Natália a seguiu preocupada.
— Eu estava fazendo um risoto e deixei no fogo baixo enquanto atendia a porta. Achei que seria rápido, não estava esperando ninguém.
—Nossa, me desculpe!
— Tudo bem. — disse mexendo a panela.
— Não foi sua culpa.
— Agora estou me sentindo responsabilizada.
— Não se preocupe, Nat.
— Olha, eu até faria outro jantar pra você, mas eu não sei cozinhar.
— Por que isso não me surpreende? — Sofia disse sorrindo ironicamente.
— Eu vou relevar, mais uma vez, essa sua audácia que ultimamente está aflorada, — disse com bom humor — e vou me oferecer para lhe pagar um jantar.
— Não, não precisa, Nat. Eu dou um jeito, faço outra coisa. Não se preocupe.
— Ok... Posso pedir uma pizza então?
— Natália... Sofia mal teve tempo de protestar, Natália já discava no celular o telefone de uma pizzaria.
— Você prefere algum sabor?
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My Boss
FanfictionNatalia Rosa é dona de uma das maiores empresas do ramo hospitalar do Rio de Janeiro. Sofia Starling é sua assistente jurídica, mais que isso, seu braço direito. Tudo ia bem até que Natalia se vê perdidamente apaixonada por sua funcionária. Adaptaçã...