8. Serial Killer

2.8K 246 117
                                    

Era tarde demais para sequer pensar em fugir

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Era tarde demais para sequer pensar em fugir. Fritz estacionou o automóvel na garagem e acionou o portão automático. Olhei pra trás, estava fechando... Deduzi que  era a última vez que eu veria a rua.

Era inacreditável, eu não devia ficar em negação... estava na cara que ele mentiu pra mim, me enganou, me manipulou, só para me ver apanhando e depois me salvar, ganhar minha confiança. Chegava a ser imoral e absurdo.

- Chelsea?? Tá me ouvindo? - perguntou, desligando o motor do carro e me fitando. - Por que essa cara de choro?

Lancei um olhar agoniado e me retirei do veículo, não queria falar.

- Quem era na ligação? - Fritz insistiu, saindo do carro também.

Pensei rápido.

- Era uma menina da minha sala, a gente combinou de fazer trabalho em grupo e como faltei, ela ligou pra saber se tava tudo bem.

- É só isso mesmo? Então por que tá assim?

Se aproximou, intrigado e com semblante preocupado. Estava impotente sob sua atenção, que emanava poder e autoridade, tanto pelo seu tamanho, quanto pela experiência e idade. Mesmo se eu tentasse correr, não conseguiria. Me sentia pequena, diminuída e traída pelo único amigo que tive a vida toda.

Imediatamente abaixei a cabeça assim que ele parou na minha frente, sem condições de encará-lo. Fritz segurou minha face com as duas mãos, envolvendo as bochechas, e me fez levantar o rosto.

- Você parece aborrecida. - concluiu, me analisando. - Vamos entrar e me conta o que aconteceu.

Caminhou para dentro da casa e eu o acompanhei. Não deveria, eu sei. O que eu faria?? Sentia medo e não conseguia reagir. A porta foi fechada e trancada, depois ele se voltou pra mim.

- Vai contar ou não o que aconteceu? O que essa pessoa no celular queria com você.

- Já falei, Fritz! - exclamei, de repente perdendo a paciência. - Foi a menina da minha sala. Eu vou subir, tá? Quero ficar sozinha.

Debaixo de seu olhar severo,  virei as costas e corri para a escada. Me adiantei apressada até o quarto e me tranquei, com receio de ele vim atrás. Esperei aflita, ele não veio. Só então voltei a respirar, porque a pressão e a sensação de desilusão me consumiam.

Fui até o cesto de roupas sujas do banheiro e retirei dali minha calça. De dentro do bolso, retirei a carta que supostamente era do Bone Picker. Reli, incrédula.

"Chelsea Christine, meu nome não é importante agora, em breve você terá a chance de saber, não somente meu nome mas também minhas motivações. Sou conhecido como The Bone Picker e quero dividir com você informações preciosas para seu canal de crimes. Me encontre nessa noite à meia-noite no terreno da Rua Morgue e não leve ninguém.

SERÁ RETIRADO 10/12Onde histórias criam vida. Descubra agora