✨️ Cap. 03 ✨️

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D A I S Y

Desde que conheci aquele homem, senti que não seria a última vez que o veria.

E aqui estamos, eu e ele no mesmo elevador. Um lugar extremamente apertado, e que está me causando falta de ar.

Respiro fundo tentando recuperar meu ar. Acabo apertando o botão do próximo andar que o elevador vai passar.

Quando as portas se abrem eu corro para fora dele, puxando o máximo de ar possível.

Odeio minha claustrofobia! Acontece em momentos tão idiotas!

- Ei! O que foi? - Sinto um grande corpo me abraçar e o abraço de volta, mais forte.

Não conseguia falar nada. Nunca foi tão forte. Prático o exercício de respiração que minha mãe me ensinou.

Ao pensar nela sinto meu coração apertar, e me agarro ainda mais em Antoni. Parece que a qualquer momento tudo vai sair do meu controle, e está exatamente acontecendo isso.

- Calma, eu tô aqui. - Diz e sinto ele me pega no colo.

- Desculpa... Desculpa... - Fico repetindo isso várias vezes em seu ouvido. Me sentia tão culpada por fazer ele ter que ver isso.

- Quer ir para casa? - Me pergunta e nego.

- Não, obrigada. - Digo e desço - Vamos logo, não quero me atrasar. - O olho é sorrio - Me desculpa pelo o que você viu... Não costuma acontecer, só de vez em quando. - Explico e me apoio em seu ombro enquanto o elevador desce. É tão macio e confortável, uma almofada fofinha. Sorrio ao pensar nisso.

- O que foi? - Pergunta meio na defensiva e o olho ainda sorrindo.

- Nada demais. É que acho que nunca ninguém continuou "normal" comigo depois de ver o show que dei. - Digo e pego meu celular que está na bolsa.

- Aquilo não foi um show, Daisy. Se você tiver algum problema estarei para ouvir. - Aaaah! Esse homem tem como ser mais perfeito?! Porque assim, ele é tipo amigável, do jeito sério dele, e é isso que gosto, pessoas que não se forçam para mostrarem o que não são.

- Obrigada por não ter me deixado sozinha. - Ele me olha e dá um sorriso. E que sorriso, minhas amigas, é de molhar a calcinha!

- Que tal irmos no mesmo carro? - Pergunta uns dois andares antes de chegarmos na garagem - Assim, será mais prático.

- Claro, Dr. Miller. Será um prazer lhe acompanhar. - Digo e ele ri.

- Que bom, porque eu também não aceitaria um não como resposta. - As portas se abrem e vamos em direção ao seu carro. Uma linda BMW, não posso negar.

Ele começa a dirigir e só aproveito a vista de Miami. Uma linda cidade. Mais minha vontade é conhecer Santa Mônica. Mamãe já foi pra lá, de acordo com a mesma, é um de seus lugares favoritos.

Quando chegamos no hospital desço para que ele possa estacionar.

Entro e vejo Carl vir em minha direção.

- E aí, Day? - Rio com o apelido que ele me deu.

- Day? Sério? - Ele me olha como se fosse óbvio, porém o olho confusa.

- Seu apelido é Day, porque a mocinha é radiante e brilhante. Aonde passa espalha alegria. - Continuo sem entender - Você fez o cara mais sério do hospital falar com você, sem nenhuma briga nem nada.

- Acho que isso é bom? - Ele me olha e sorri concordando.

- Sim, é ótimo né na verdade. - Me viro e vejo Toni entrando e asceno antes de ir me trocar.

🌼

Tem sido bem tranquilo até agora. O dia começou com uma pequena reunião entre o conselho do hospital. Ficamos mais ou menos uma hora lá.

Nesse tempo senti alguém me encarando. Na real, duas. Duas pessoas.

Uma era Antoni, e toda vez que eu retribuía a olhar ele sorria. Porém o outro é desconhecido. Acho que é a primeira vez que o vejo em uma semana aqui.

Quando a reunião encerrou, fui atrás de Antoni e Carl. Estava bastante desconfortável com aquele cara me olhando.

- Isso foi um tédio! - Ouço Carl comentar e rio.

- Não é pra tanto. - Antoni diz e Carl de vira e revira os olhos.

- É mais fácil já que você tem alguém pra quem ficar olhando. - O olhamos sérios.

- Essa parte foi boa, mais tinha mais alguém me olhando, e parecia me devorar com os olhos. - Fico toda arrepiada, mais sinto um abraço passar em volta de minha cintura.

- Foi o Dr. Xang. Um velho vagabundo, assediador. Não sei como ainda não foi demitido. - Toni comenta e o olho. Ao ver sua mandíbula contrair, acaricio seu rosto e vejo ele relaxar.

- Vai ficar tudo bem, Toni. Se ele tentar algo contra mim saberei como agir. - Continuo a tentar o acalmar. E vejo seus olhos fixos em meus seios. Se você é igual, sabemos o que ele quer.

Mais antes que eu possa dizer algo, fomos chamados para outra cirurgia, e novamente eu seria sua assistente.

Quando entramos lá foi pesado. O vara havia tomado um tiro, e infelizmente o cara não sobreviveu.

Ao sairmos vejo Antoni ir até a sua sala. Ele parecia estressado, triste? Não sei dizer. Decido o seguir.

Ao chegar lá de imediato ele me olha.

- Daisy, sai daqui por favor. - Nego e me aproximo dele. Acho que agora sei o que houve.

- Não foi possível salvar ele, Toni. A bala o havia acertado bem do lado do coração. - Ele continua sério - Você tentou de tudo, mais não conseguiu, infelizmente. Mas tenho certeza que não foi a primeira vez que isso acontece. - Antoni me olha e vejo seus olhos marejados.

- Eu poderia ter salvo ele. - Diz e vou até ele o abraçando - Eu não consegui a salvar, então que salvar eles. - Não entendo.

- Eu sei, mais estou aqui. E vai ficar tudo bem. - Nós dirijo até o sofá.

Vejo ele com o olhar fixado em meus seios.

- Você quer? - O pergunto e ele assente.

Tiro um dos meus seios da blusa e vejo ele o agarrar rapidamente. Antoni parecia não comer a dias. Mamava com vontade.

Nem parecia o homem que estava ali, quase se matando pelo o que aconteceu.

O meu bebê.
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Oi gente! O que acharam?
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Até o próximo capítulo!
Bjs!!!

Belly

Meu Médico Onde histórias criam vida. Descubra agora