Meu Médico

✨️ Cap. 06 ✨️

D A I S Y

- Calma, bebê. Eu não vou sair, eu prometo. - Digo ao sentir ele sugar mais forte - Ich liebe dich. (Eu te amo) - Digo e beijo sua cabeça. Nem acredito que falei isso!

Eu não costumo ficar tão próxima de alguém tão rápido. Vai fazer umas quatro semanas que estou trabalhando aqui.

Bem, não foi tão rápido, né? Eu lembro do dia que ele entrou no meu quarto e disse que eu teria alta em uma semana.

Foi Antoni que deu a melhor notícia da minha vida. E eu nunca vou esquecer. Ele foi um dos motivos para eu entrar na área da saúde.

Acaricio sua cabeça e ele se aconchega mais do que eu achei que era possível.

- O que vocês estã... - Carl diz, mais para ao nos ver.

- Shh! Vai acordar ele! - Digo o olhando com um olhar mortal.

- Desculpa. - Fala e se senta do meu lado - O que ele tá fazendo? - Pergunta curioso e sorrio.

- Ele tá mamando. Igual um bebê. - Solto um riso.

- Quem vê nem pensa. Um homem frio, sério, considerado por muitos um sem coração, está fazendo isso. - Fala e sorri - Você realmente mudou ele. E olha que você acabou de chegar. Tô com inveja, ele nunca nem falou algo pra mim. - Diz e fico confusa.

- Como assim? Falou o que? - Pergunto e ele arregala os olhos parecendo que havia falado algo errado.

- Nada! - Fala e se levanta, porém o puxo de volta.

- Pode ir falando! - Ele me olha e parece culpado.

- Era pra ser uma conversa entre vocês. - Respiro e percebo que é melhor esperar Antoni falar.

- Tudo bem, não precisa falar. Mas é muito sério? - Estou um pouco um pouco preocupada.

- Eu não sei como classificar isso. Só saberá quando ele te contar. - Diz e sai.

Instantaneamente sinto um aperto em meu peito. O que será? Eu só quero tentar o ajudar, mais essa ideia me assusta.

🌼

- Mil! - Ouço Antoni dizer.

- O que? - Digo rindo.

- Mil dólares pelos seus pensamentos. - Rio e ele vem até mim - Por que está rindo? - Pergunta e o olho. Aqueles olhos. Senhor!

- É sério? - Pergunto.

- Sim, eu posso te dar muito mais. - Diz. Não sei como, mais estamos tão próximos. Sinto sua mão em minha coxa e o ambiente esquenta mais. Nossos lábios estão próximos, qualquer movimento eles estarão colados. Porém somos interrompidos.

- Foi mal! - Viramos e vejo Maísa. Sinto meu rosto corar por inteiro.

Me levanto e saio de dentro da sala. Eu não sei aonde esconder minha cabeça!

Aproveito que meu turno tinha acabado e decido ir para casa.

Porém lembro que não posso, se não Toni não vai conseguir voltar pra casa.

Esses dias decidimos que seria melhor nós dois irmos só com um carro. Eu só não previ o que aconteceria.

Sento em um banco fora do hospital. Fico pensando sobre o que está acontecendo e ligo para minha mãe.

Ligação on

- Mãe? - A chamo.

- Oi querida! Quanto tempo! - Diz e sei que ela deve estar sorrindo - Está tudo bem?

- Na verdade não. - Admito, por mais que sinta vergonha - Não está nada bem. - Minha voz já estava embargada, eu só queria minha mãe aqui.

- O que aconteceu, minha flor? - Encosto minha cabeça na parede.

- Eu quase beijei ele. - Digo e as lágrimas rolam pelo meu rosto.

- Ele? - Resmungo um "sim" - Quase? Como assim?!

- Uma colega entrou bem na hora. Tô morrendo de vergonha. E não sei o que fazer. - Digo rindo. Tenho essa mania quando estou nervosa.

- Quer que eu vá te buscar?

- Sim, por favor! - Digo quase num sussurro.

- Já tô indo. A mamãe já está chegando. - Sinto um alívio - Até.

- Até. - Desligo e seguro minha bolsa contra meu corpo.

Ligação off

Lembro de quando era pequena, todos falavam de mim, da minha doença, do meu cabelo, de tudo. Acho que depois do câncer nunca mais fui a mesma.

- Filha! - Minha mãe segura meu rosto entra suas mãos.

Fazia una trinta minutos que estava lá.

- Minha flor. Eu tô aqui. - Desabo em seus braços. Depois de tudo, eu ainda sinto a dor de tudo - Vamos pra casa.
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Oi gente! Só avisando que as minhas personagens costumam ter um tipo de trauma ou sofrimento.
Não se esqueçam de votar e comentar!
Até o próximo capítulo!
Bjs!!!

Belly