Meu Médico

✨️ Cap. 37 ✨️

D A I S Y 

Eu ainda não acredito que essa fofura saiu de mim.

Stephen é uma coisinha pequena, frágil, e facilmente pode ser o mais ciumento.

A reação de Chloe ao ver ele foi diferente do que todos imaginavam. Ela o abraçou e de um beijinho em sua cabeça. Depois ficou de papo com ele, enquanto um monte de gente queria ver ele, mais a bonita só saiu de lá depois que viu que tinha doce na cafeteria do hospital.

Quando ela saiu, morri de rir. A cara de indignação de Antoni por saber que comida era uma forma de conseguir coisas dela.

Agora estamos em casa, seguros e quentinhos. Tá fazendo um pouco de frio, o que não é muito comum.

- Mamãe! - Chloe me chama gritando e vou até a sala.

- O que foi?! - Pergunto mais sou interrompida pelo jornalista falando que a cidade está em alerta vermelho, e advinha do que! Furacão! Que delicia, né?

Especificamente uma semana e meia, e só penso em uma coisa. Tenho que ir ao mercado o mais rápido possível.

Troco de roupa, e troco Chloe e Stephen. Os coloco no carro e vou no mercado mais próximo. 

Com o tempo, me acostumei a fazer compras grandes e rápidas, então tenho que usar essas habilidades ao meu favor hoje e pela próxima semana.

Graças a Deus, não tinha quase ninguém no mercado. Quando o alerta surge, tudo fica lotado e sem nada.

Pego muita coisa, e tanto faz quanto der, o importante é dar até tudo passar.

Salgadinhos, águas, lanternas, livros de colorir para as crianças, e outras coisas.

Ao chegar no caixa a moça me olha assustada, e eu só sorrio.

Chloe, que esta no meu colo, fica apertando as bochechas de Stephen que sorri. Aí, quanta fofura!

Quando a moça termina de passar tudo, ela me olha com os olhos arregalados. Ela fala o preço e pago como se não fosse nada. Me acostumei a fazer compras caras, quando se mora seis pessoas em uma casa as coisas não vão sair baratas.

Coloco as coisas no carrinho de volta, e vou até o carro.

O céu estava extremamente nublado, o que é estranho já que o jornalista disse que só aconteceria daqui uma e meia. 

Com medo, coloco tudo as pressas e volto pra casa. Ao chegar vejo que meus pais e Antoni já voltaram.

- Ficou sabendo? - Mamãe pergunta quando entro em casa.

- Sim, se puderem descarregar o carro pra mim, eu agradeceria demais! - Digo e me jogo no sofá.

Porém, Chloe sob em cima de mim e começa a falar e do outro lado da sala Stephen está aos prantos. Eu amo essas crianças, mais ela me matam.

🌼

Depois que conversamos e resolvemos o que faríamos lembro de nossos apartamentos, merda!

Eles são na cobertura, e a coisa do furacão vai passar bem pertinho deles, raios!

- Toni! - Grito e ele vem correndo, quase rio, mais lembro que o que tenho pra falar - E os nossos apartamentos? - O mesmo bate a mão na testa.

- Bem, amanhã podemos ir lá separar as coisas mais importantes e trazer, e depois que tudo passar nós vemos o que fazemos. - Diz e o abraço.

- Toni eu tô com medo.

- Eu sei, e tá tudo bem.

Se tem uma coisa que percebi, foi a mudança de Antoni. Antes ele era todo sério e não ligava pra ninguém, hoje ele é tudo que ninguém imaginou que ele voltaria a ser. 

Feliz.

Depois da morte de Amélia ele ficou irreconhecível, não fisicamente, mais sim sua personalidade. Eu lembro sobre as notícias que passavam na TV sobre ele e a esposa. Era deprimente e triste.

Os dois eram conhecidos como o casal perfeito, e do nada tudo desaba. Foi uma das coisas que marcou Orlando.

Até hoje insisto em saber mais coisas. Nunca vou senti ciúmes ou inveja dela, eu achava ela incrível, além de ter sido uma das primeiras médicas a cuidar de mim. Tenho certeza que foi ela que descobriu meu câncer. E lembro dela me falar uma coisa.

Flashback on

- Posso te contar uma coisa? - Pergunta e concordo - Eu também tenho. - Disse e eu a olhei surpresa.

- Não parece. - Digo e ela ri me fazendo rir. Meus pais estavam ainda processando o que haviam recebido.

- Eu sei, mais se você acreditar que vai ficar tudo bem tudo vai ficar bem. - Nesse momento mamãe já estava chorando - Você vai ser a única a saber, tá bem? Vai ser nosso segredinho.

Flashback off

Me pego chorando ao lembrar disso. E eu realmente era a única a saber. Já que quando sua morte foi anunciada todos ficaram chocados e surpresos.

Sinto que ser essa pessoa, que foi a primeira saber, é um peso enorme nas minhas costas.

- Ei! O que foi? - Meu pai pergunta enquanto me abraça.

- Eu sabia. - Digo em meio as lágrimas.

- Sabia do que, princesa?

- Sabia que Amélia tinha câncer. - Digo e ouço alguma coisa de vidro cair no chão com tudo. 

Olho e vejo Antoni atônito. Nem percebi que ele havia entrado na cozinha.

- Como? - Me pergunta e um sentimento de culpa, por não ter o contado antes, me preenche.

Meu pai sai para nos dar privacidade.

- Ela... - Tento mais não consigo.

Toni vem até mim e me abraça.

- Me conta, por favor. - Implora e sinto tudo desmoronar.

- Ela me contou quando descobriu o meu... Amélia pediu para que eu não contasse isso pra ninguém. - Digo e levanto minha cabeça e coloco minha mãos envolta de seu rosto - Me perdoa, me perdoa, me perdoa, por favor... - Eu estou me sentindo tão culpada, como se tivesse matado alguém.

- Não é sua culpa. - Ele diz calmo - Ela te contou, não foi você que pediu pra saber. Então, eu peço, não se culpe. - Diz me abraçando e ouço ele chorar.

Agora estamos os dois chorando.

- Eu te amo, sabia? - Digo e ouço uma risada.

- Eu sabia sim.

- Sabia também que eu daria minha vida por você? - Pergunto e ele ri.

- Não, desse eu não sabia. Mais é ótimo saber agora. - Diz e nós dois rimos.
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Oi gente! Sabem quantas palavras escrevi hoje? 1010! Descobri que no computador é mais fácil de escrever!
Não se esqueçam de votar e comentar!
Até o próximo capítulo!
Bjs!!!

Belly