Conexões Silenciosas

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Ana Júlia dormiu profundamente no sofá da sala, cansada após uma noite em claro. O ambiente estava silencioso, exceto pelo leve zunido do ar-condicionado e o ocasional som de um carro passando na rua.

pov: Ana Júlia

O sol já havia começado a iluminar o apartamento e os primeiros raios da manhã entravam pelas janelas.

acordo em um pulo meu celular  começou a tocar, quebrando o silêncio.  me levanto, ainda meio atordoada, e procuro meu celular não tava na sala então fui seguindo o barulho achei estava na cozinha. vejo a hora e digo quem ta me ligando a essa hora vejo um  número desconhecido no visor me fez hesitar por um momento, mas a curiosidade e a necessidade de entender quem estava ligando me fez atender.

— Alô, quem tá falando? —  digo com uma voz sonolenta e arrastada.

Do outro lado da linha, uma voz familiar, mas inesperada, respondeu.

— Oi, bom dia. Te acordei?

esfrego os olhos, tentando acordar completamente e reconheceu a voz.

— Vitória? —  pergunto, ainda surpresa.

— Isso mesmo. Só queria saber se você está bem. Estou saindo para o treino agora e pensei em te dar um bom dia.

senti um leve sorriso se formar nos meus lábios. A preocupação dela, especialmente após a noite tumultuada que tivemos, me surpreendeu.

—  Não dormi direito, mas tô bem. Onde você arrumou meu número?

Ouvi uma risada do outro lado da linha.

— Pelo visto você está bem mesmo, se consegue perguntar sobre como consegui seu número. Desculpa se te acordei.

— Tudo bem, agradeço pela preocupação. E bom treino para você.

— Obrigada!

Ouvi barulhos de carro e perguntei:

— Por acaso você está falando comigo enquanto dirige?

— Sim, estou.

— Tá louca? Desliga esse telefone e presta atenção na rua!

Vitória riu.

— Relaxa, sou sagaz.

— Nossa, muito sagaz — ironizei.

— Pronto, acabei de estacionar. Tô viva.

— Você é maluca.

— Vou desligar, tá? Volta a dormir de novo e tenta descansar, já que quase não dormiu. Tenha um bom dia.

— Vou tentar, mas obrigada. Você também.

— Beijos, bom descanso.

Desliguei o telefone, ainda sorrindo com a ligação inesperada de Vitória. Mesmo sendo rápida, trouxe uma leveza ao meu dia e me fez refletir sobre o quanto um simples gesto de preocupação pode iluminar um momento. Com isso, voltei para o sofá, tentando aproveitar o pouco tempo que ainda me restava para descansar antes de começar meu dia.

Acordei com a sensação de um peso sobre os ombros, resultado de uma noite mal dormida. Levantei-me do sofá, sentindo a falta de energia, e me preparei para o ensaio do dia.

Cheguei ao estúdio e lá estava Rodrigo, meu amigo e assessor, já organizando os detalhes.

— Perdeu a hora, bixa — ele comentou, com um tom brincalhão.

— Tive uma péssima noite,
Drigo. Não consegui dormir direito.

Rodrigo me observou com um olhar atento e preocupado.

Além das Traves e PassarelasOnde histórias criam vida. Descubra agora