Capítulo 5: Doces Segredos e Preocupações

730 81 9
                                    

Estávamos todas no campus, sentadas à sombra de uma grande árvore

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Estávamos todas no campus, sentadas à sombra de uma grande árvore. As folhas balançavam suavemente com o vento, criando uma dança de sombras e luzes no chão. Eu me recostei no tronco, observando a cena à minha frente. Bridget estava envolvida em mais uma de suas interações joviais com Ella. Ela segurava um livro com um sorriso travesso, enquanto Ella tentava puxá-lo de suas mãos, como duas crianças em uma brincadeira inocente.

Chloe, ao meu lado, deixou escapar uma risada baixa ao assistir à cena. Virei o rosto para ela, e ela notou meu olhar, arqueando uma sobrancelha em curiosidade.

— Quê? — perguntou, virando-se levemente na minha direção.

Eu apenas dei de ombros, desviando o olhar para as minhas mãos, onde comecei a brincar distraidamente com os anéis nos meus dedos. Chloe continuou me observando, como se esperasse que eu dissesse algo, mas o silêncio entre nós era confortável, quase familiar.

— Bridget... é sempre tão sorridente assim? — perguntei finalmente, minha voz carregando uma nota de hesitação.

Chloe franziu a testa, pensativa, como se ponderasse sobre a resposta.

— Pelo pouco que a conheço... talvez — respondeu ela, com um tom incerto.

Eu assenti, soltando um suspiro. Bridget tinha uma maneira única de ver o mundo, sempre encontrando luz nas sombras, sempre sorrindo, mesmo quando eu não conseguia entender o porquê. Em tão pouco tempo, já havia percebido o quão diferente éramos. Bridget, com sua bondade e otimismo inabaláveis, parecia tão frágil, tão vulnerável a um mundo que nem sempre retribui com a mesma gentileza. E isso me preocupava.

De repente, uma risada cristalina cortou meus pensamentos. Olhei para frente e vi Bridget rindo enquanto tentava dar um tapa brincalhão no braço de Ella, que recuou com uma expressão teatral de dor.

— Me dá o livro! — exigiu Bridget, seu tom ligeiramente exasperado, mas ainda cheio de diversão.

— Aí... — gemeu Ella, fingindo dor, mas não conseguindo conter um sorriso.

Chloe sorriu ao assistir à cena, mas eu permaneci séria, incapaz de afastar a preocupação crescente em meu peito. Bridget era tão boa, tão pura... e o mundo nem sempre era gentil com pessoas assim. Será que ela conseguiria se manter intacta em meio às dificuldades que inevitavelmente viriam? A simples ideia de algo ruim acontecer com ela fez meu estômago revirar. Eu balancei a cabeça, tentando afastar esses pensamentos sombrios.

— Tudo bem? — perguntou Chloe, sua voz suave, mas carregada de preocupação.

Eu forcei um sorriso, assentindo rapidamente. Por que Chloe parecia se importar tanto? Mal nos conhecíamos, e ainda assim, havia uma gentileza em seu olhar que eu não conseguia ignorar.

Antes que eu pudesse responder, a voz de Ella cortou o ar.

— Você deveria fazer seus cupcakes... Aposto que Red ainda não experimentou.

Entre Espinhos e Rosas Onde histórias criam vida. Descubra agora