Capítulo Um

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Voltei! ♡

Hoje é dia 10/08 e, como prometido, voltei aqui para postar o primeiro capítulo dessa fanfic! Estou muito feliz que o momento de dar início a essa fanfic finalmente chegou! :))

De coração, espero que gostem dessa história e boa leitura! ♡

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None of this is a coincidence... [Serendipity, BTS]

Pela primeira vez desde que comecei a frequentar essa boate, sinto que preciso sair dela para conseguir respirar um pouco.

Normalmente, eu amo a energia caótica de uma pista de dança. Amo dançar do meu jeito, no meu próprio ritmo, e ainda ter a chance de ser observado por várias pessoas ao fazer isso. Na verdade, saber que alguém pode estar me observando enquanto estou me divertindo ali, no meio de tanta gente, é o que sempre me trouxe essa emoção.

Mas não essa noite. Ver tantas pessoas interagindo na pista de dança hoje apenas me deixou em xeque com os meus próprios sentimentos, e eu sempre fujo deles quando começo a me sentir assim.

Eu detesto sentir saudades de alguém. Detesto a sensação de querer ver alguém desesperadamente depois de tantos meses e, pior ainda, não poder fazer isso. Detesto essa sensação de estar gostando de alguém que nunca vai me ver como um interesse romântico. E odeio, mais do que tudo, sentir que me arrependo dos sentimentos que estou nutrindo por alguém.

Nos primeiros minutos de caminhada para longe da boate, ando sem um rumo em mente. Talvez por causa do calor que estava lá dentro, eu não noto  o quão frio está aqui do lado de fora de primeira. Apenas passo a sentir isso quando chego na avenida que separa a cidade da praia de Jeju, porque uma rajada de vento que vem dali me arrepia até os ossos de frio.

Infeliz, percebo que a roupa que escolhi para sair de casa mais cedo só servia para o clima que estava antes, sendo uma escolha terrível para o clima de agora. Mesmo assim, desisto rapidamente da ideia de ir logo para a minha casa aquecida e aceito rápido demais a ideia de ficar aqui perto da praia, mesmo com as rajadas de vento marítimo que parecem querer testar a minha resistência ao frio. Atravesso a avenida e procuro por algum banco que fica na calçada perto do começo da areia da praia, não sendo difícil encontrar algum que esteja livre. Afinal, ninguém seria louco de estar perto da praia de madrugada nesse frio. Ninguém a não ser eu mesmo.

Assim que me sento no banco em que escolhi ficar, um que fica mais perto de uma grande árvore que agora está com os seus galhos sem nenhuma folha, acabo suspirando, mas não sei dizer se por causa da situação em si ou se por estar sentindo muito frio. Para garantir, cruzo os braços rente ao meu peito na esperança de ainda manter algum resquício de calor em meu corpo e não amanhecer doente amanhã, apesar de saber que isso vai ser praticamente impossível.

Pelo menos a mamãe não vai poder brigar comigo por estar bêbado... Quer dizer, tão bêbado assim...

Por algum tempo, que não sei dizer quanto exatamente, os meus olhos ficam fixos em algum ponto no mar, que estaria praticamente invisível nesse horizonte escuro se não fossem as suas ondas com espuma branca aparecendo de vez em quando. Mas não demoro a notar que não estou olhando de fato para o mar, e sim apenas olhando através dele, para algo que está muito além dele.

Para alguém que está muito além do mar de Jeju.

Suspiro e me obrigo a olhar para cima para tirar esse rosto da minha mente, o qual já estou cansado de ver tantas vezes por ali sem o meu consentimento. Ao fazer isso, os meus olhos encontram algumas estrelas no céu, mesmo que a maioria não esteja completamente visível por conta das luzes da cidade. Ainda assim, as poucas que consigo ver já são o suficiente para conseguir me distrair, tornando mais fácil para mim esquecer o motivo que me trouxe até este banco de praia nesse frio.

Bracelet • JiKookOnde histórias criam vida. Descubra agora