Bracelet • JiKook

Capítulo Oito

You're such a roller coaster... [Rollercoaster, Bleachers]

Logo que chegamos em casa, ajudo a família Min a descarregar as suas coisas, tanto para realmente ajudá-los quanto para tentar ao máximo me distrair dos meus próprios pensamentos.

Após carregar algumas das bagagens de Yuna e Yoongi até o segundo andar de casa junto com eles, me certifico de que o quarto de ambos está organizado e pronto para ser usado por eles antes de me dirigir até o meu próprio quarto. Assim como fazemos todos os anos no dia em que a família Min chega em Jeju, vamos levá-los para almoçar em um dos nossos restaurantes preferidos perto da praia, e por isso preciso me arrumar para poder sair com eles no horário que foi combinado.

Como eu já havia tomado um banho antes de sair com os meus pais para ir até o aeroporto mais cedo, apenas procurei por alguma roupa que fosse um pouco mais fresca e me esforcei ao máximo para ajeitar o meu cabelo no espelho do meu banheiro em seguida. Por ter cortado ele há pouquíssimo tempo, sinto que ainda não me acostumei a deixá-lo ajeitado de um jeito que me agrade totalmente, e por isso acabo levando um pouco mais de tempo nessa tarefa do que achei que levaria. Mesmo assim, tendo mais trabalho do que o normal para conseguir deixar ele ajeitado, não consigo negar o quanto gostei dessa mudança que fiz em meu cabelo, e por isso sorrio de forma leve para o meu reflexo no espelho do banheiro assim que finalmente consigo deixá-lo de uma forma que me agrade para sair agora.

Enquanto me olho uma última vez no espelho grande que tem no meu quarto para conferir se a roupa que escolhi está boa, penso que tentar fazer algo que eu e Yoongi fizemos muito quando éramos crianças poderia ser uma boa alternativa para tentar diminuir a ansiedade que estou sentindo nos momentos em que estou perto dele. Talvez as memórias boas que compartilhamos naquela época pudessem me ajudar a desfazer toda essa tensão que se instaurou no meu corpo desde o momento em que percebi que o verão estava chegando em Jeju. Talvez as lembranças boas desse nosso passado, em que tudo era muito mais simples entre nós dois, realmente tenham o poder de me tranquilizar agora, no presente.

Apenas pensar nessa possibilidade já é o suficiente para fazer o meu peito se encher com uma esperança que é totalmente motivada pelo desespero. Começo a ter a esperança de deixar de sentir essas coisas tão ruins e agonizantes na presença de Min Yoongi, e por isso ela é motivada pelo desespero. Esse é o motivo que me leva a sair do meu quarto e ir direto para o que ele está em vez de descer até o primeiro andar de casa, igual combinamos que deveríamos fazer assim que estivéssemos prontos.

No meio do caminho, acabo me encontrando com os pais de Yoongi e Yuna, e eles me encaram com uma expressão levemente confusa, claramente percebendo que estou indo na direção contrária da que foi combinada antes. Isso faz as minhas bochechas corarem levemente, mas a esperança desesperada que parece ter se instaurado em meu peito simplesmente não me permite dar meia-volta e segui-los até o primeiro andar. Então, espero os mais velhos descerem as escadas antes de bater suavemente na porta do quarto em que o filho deles está. Como não ouço nenhuma resposta vinda do lado de dentro, imagino que ele ainda deve estar no banho, e por isso tomo a liberdade de entrar no cômodo mesmo sem ter a permissão dele para fazer isso.

Depois de fechar a porta atrás de mim, começo a olhar para cada canto desse quarto, achando graça no quão diferente esse lugar consegue ficar com a presença de Yoongi nele. A única coisa nova aqui são as suas bagagens, já que ele provavelmente foi direto para o banho assim que chegamos em casa, e ainda assim apenas isso já conseguiu deixar o ambiente totalmente diferente de dias atrás, quando este cômodo ainda estava vazio.

Por não saber exatamente quanto tempo Yoongi vai levar ainda em seu banho, me sento na cama do quarto e deixo um suspiro escapar de mim, tentando prever se ele vai aceitar ou não a proposta que quero fazer. A esperança desesperada que ainda estou sentindo me motiva a pensar que não tem motivo algum para que ele recuse caminhar comigo pela praia logo depois de terminarmos de almoçar, mas a minha parte pessimista não está em sintonia com esses tipos de pensamento. Isso faz com que eu volte a me sentir ansioso, e por isso procuro por alguma coisa neste quarto que seja capaz de me distrair de tudo o que estou pensando e sentindo neste momento.