Rejeitado (Metamorfos Bestas das Sombras #1)

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Saindo correndo do meu quarto, fui direto para a Biblioteca do Conhecimento. A vontade de correr de volta para Shadow era forte, mas não havia nada que eu pudesse fazer para ajudá-lo, exceto ficar no meio e morrer. Ele era o ser mais assustador e durão que eu já conheci, e eu tinha que ter fé que ele conseguiria se virar sozinho. Sem mencionar que o bastardo tinha me trancado por dias, então, sério, eu lamentaria se ele morresse?

Quando entrei na biblioteca, não conseguia superar o quão normal tudo era. Claro e arejado, cheio de seres circulando, fazendo suas pesquisas. Como se nenhum deles soubesse sobre os dias em que fiquei trancado. Ou os novos perigos sombrios que eu trouxe para o nosso meio.

Marchando pelas prateleiras, ignorei os olhares confusos. Eles não tinham visto uma garota em uma missão por comida antes?

"Sra. Mera!" Uma voz alegre chamou minha atenção. "Você finalmente terminou seu projeto de pesquisa! Sentimos sua falta."

Parei, me virando para encontrar Gaster e seu sorriso genuíno atrás de mim. Engolindo minha fúria, forcei meu próprio sorriso a aparecer. Quando fiquei preso no quarto, me senti muito traído por ele... por todos. Pensando que todos sabiam que eu estava preso, e ninguém sequer colocou comida por baixo da porta. Logicamente, eu sabia que era estúpido esperar que alguém enfrentasse Shadow, mas ainda assim doeu.

"Projeto de pesquisa?"

Ele assentiu entusiasticamente. "Ah, sim. Shadow disse que você estava ajudando-o e queria permanecer sem ser perturbado."

Ele fez, não é? Eu retribuí o sorriso. "Shadow é um mentiroso de merda. Eu estava trancado no meu quarto, um prisioneiro, sem comida ou entretenimento. Então, se você me der licença..."

Eu marchei para longe, mas não antes de ver seu rosto cair. Sim, isso foi maldoso e maldoso da minha parte para com alguém que não merecia, mas eu estava com fome e estressado, e essa nunca era uma boa hora para me encurralar com uma felicidade estúpida.

Quando cheguei ao refeitório, meu primeiro olhar foi para procurar Angel, mas seu lugar estava vazio. Típico. Eu finalmente saí da minha prisão e minha única amiga estava MIA. Ela claramente tinha uma vida que não me envolvia e a vadia carente que eu era não gostava disso. Espero que ela pelo menos tenha notado que eu estava desaparecido e perguntado a alguém sobre mim. Eu tinha que acreditar que havia uma criatura sobrenatural aqui que se importava comigo. Já que Shadow claramente não se importava.

Inky surgiu do nada, se enrolando em mim, como se quisesse me lembrar que se importava. "Você não se importa", eu disse, espantando-o para longe. "Você é apenas um bajulador do Shadow, e isso significa que não posso confiar em você."

Inky inchou e já fazia um tempo que eu não o via fazer isso, então fiquei olhando, hipnotizado pela beleza de suas sinapses brilhantes. Por um minuto, antes de me forçar a me virar. Era hora de começar a me distanciar de Shadow e de qualquer coisa conectada ao seu mundo.

Os pequenos servidores de metal se abaixaram então - eu tinha me acostumado muito com os seres do tipo robótico, tendo aprendido que eles eram originários da terra das Fadas. Normalmente, eu não gostava de ser servido, mas pelo que eu sabia, eles não se importavam com as tarefas que recebiam. Afinal, eles foram criados pelos fae com o único propósito de servir. O "rosto" quadrado de metal não tinha olhos nem boca, então não havia como saber se eles estavam felizes, mas de alguma forma eu duvidava que eles sentissem emoções como essas.

Ou talvez eu estivesse justificando isso porque eu realmente amava o serviço eficiente deles.

Depois de fazer meu pedido, sentei-me, tentando ignorar meu estômago roncando e a pequena parte de mim que estava preocupada com Shadow.