Rejeitado (Metamorfos Bestas das Sombras #1)

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“ Precisamos preparar os filhotes agora para a mudança no mês que vem”, disse o Alfa Victor, seu poder nos prendendo no lugar para que ninguém perdesse uma palavra de seu discurso.

Simone não estava errada quando o chamou de egomaníaco; ele era isso e muito mais. Meu pai foi o único em nossa história a tentar tirá-lo de lá, e eu ainda não tinha ideia do porquê ele se voltou contra seu amigo e alfa. Era algo que me mantinha acordado à noite, especialmente depois de um dia particularmente difícil.

“Decidimos que neste solstício, viajaremos ainda mais longe pelas terras do bando”, ele continuou, parecendo satisfeito consigo mesmo. Conforme a tradição, apenas o alfa, o beta e seus filhos estariam conosco em nosso turno inicial. O resto do bando nos encontraria mais tarde, e era quando qualquer novo vínculo de companheiro entraria em ação.

Para mim, eu não me importava com nada disso, ou o quão longe nós vagamos pelas vastas terras controladas pela matilha Torma. Eu me importava com uma coisa e somente uma coisa: obter o controle do meu lobo para que eu pudesse escapar.

“Agora, para o nosso encontro com a matilha Strigent,” o alfa disse, mudando de assunto rapidamente, como era seu jeito. “Tivemos petições para uma participação completa de todos os lobos não acasalados. Espero que mais alguns laços de companheirismo verdadeiros entrem em vigor.”

Essas misturas aconteciam algumas vezes por ano e eram um grande negócio. Pelo que observei em meus vinte e dois anos, os metamorfos eram dominados pela necessidade de encontrar seu companheiro. Eu não os culpava por isso — eu gostaria de ter alguém do meu lado. Alguém que fosse o par perfeito para mim e que me apoiasse não importa o que acontecesse.

Eu estive sozinho, tão sozinho e solitário, por quase toda a minha vida.

Mas em nenhum momento eu já estive desesperado o suficiente para querer acasalar com alguém dessa matilha. Quer dizer, não tinha como, só por alguma peculiaridade do destino, eu de repente ficar todo quente e pesado por um desses babacas que me atormentaram. Certo?

A vida não poderia ser tão injusta.

“Hoje à noite é uma das últimas corridas em grupo antes que nossos filhotes se juntem a nós,” Victor gritou, seu cabelo loiro mel se arrepiando enquanto seu lobo subia à superfície. “Vamos nos trocar e comungar com nossas feras.”

Gritos ecoaram ao redor do enorme campo em que estávamos reunidos, do lado de fora da mansão do alfa com seus sessenta quartos e tantos banheiros. Era tão longe de uma moradia humilde quanto qualquer lugar poderia ser, mas não era nada comparado aos muitos milhares de acres inestimáveis ​​anexados a ela.

Terra selvagem e indomável que o bando cobriria esta noite em sua corrida.

Aqueles de nós que eram muito jovens iriam embora agora, antes que as feras surgissem. Eu já tinha visto a mudança de humano para lobo antes, é claro, mas nunca em uma reunião em massa como essa.

Simone agarrou minha mão enquanto o alfa erguia a cabeça e uivava para o céu, nos libertando de seu poder. “Vamos sair daqui”, ela disse. “Eu tenho meu carro.”

Nós corremos. Como na escola, era melhor se eu me tornasse escasso quando os instintos básicos dos lobos emergiam.

“Sua mãe está aqui?”, ela perguntou, nós dois correndo a toda velocidade para o campo onde o carro dela estava. Ela foi esperta o suficiente para estacionar ao lado, onde ninguém poderia nos bloquear. Esta não era nossa primeira reunião de matilha, e éramos adeptos da sobrevivência.

“Não a vi”, eu disse brevemente. “E ela não aceitaria uma carona nossa de qualquer maneira. Ela estaria lá, se mexendo com eles, tentando se esgueirar para o coração de outro.”