Capitulo 17

1.3K 82 8
                                    

Maya Silva.

As horas passam lentamente, e a aflição e o medo só aumentam. Sophia e Aurora não podem morrer, elas não podem...

Aprendi a amar Sophia como uma irmã, e pelo que ela contou, sua vida tem sido difícil a muito tempo. Ela precisa de um final feliz, e não será assim.

Já liguei para Ana, ela disse que estaria no primeiro avião. Estamos na recepção, eu, Lucy e Marcos. Estamos todos aflitos.

Meus olhos estão molhados de tanto chorar e aposto que estão inchados também. Lucy continua soluçando e Marcos tenta lhe consolar. Acho que eles estão juntos, mas isso não importa agora.

Uma doutora sai e vem até nós, levantamos e esperando que fale.

- Não se preocupem, elas estão bem. Conseguimos estabilizar os batimentos da senhora Olive, e a bebê nasceu saudável. Porém a menina está sob supervisão pois nasceu de sete
meses.

- Na verdade ela estava fazendo oito meses hoje. - sussurro.

A médica assente.

- Sophia está dormindo agora, só poderá receber visitas a partir de amanhã.

Ela sai e nos deixa olhando para o nada.

Vejo Lucy chorar aliviada nos braços de Marcos e eu respiro fundo de alívio por saber que estão bem. Deixo mensagens para Maria e também para Mônica e Ana.

***

Já no dia seguinte, estou correndo atrás de notícias no hospital. Não esperei por Marcos ou Lucy, peguei um táxi e vim o mais rápido possível.

Encontro Ana no banco na recepção junto à uma mala, ao seu lado está Mike.

- Alguma novidade? - pergunto ao chegar perto deles.

Ana está com os olhos vermelhos, suspeito que esteve chorando. Mike está pálido como se tivesse visto um fantasma.

- Disseram que estão bem, a pressão caiu durante a noite mas conseguiram deixar normal. Estou com tanto medo, ela não devia tá passando por isso depois de tudo. - chora.

Mike a abraça e eu sinto vontade de chorar também.

Horas depois o doutor permite que entremos. Sou a segundo logo após Ana. Quando vejo Sophia meus pés fraquejam. Ela está mais branca que o normal, seus olhos estão abertos mas sem seu brilho natural.

- Oi. - sussurro engolindo o choro. Odeio vê-la assim.

- Maya... - sorri.

Me aproximo dela e seguro sua mão que sua gelada.

- Obrigada por ter chegado a tempo. - sorri fraco.

- Agradeça a Deus por isso. Como está se sentindo?

- Fraca. - assinto triste. - Mas vou ficar bem.

- Vai sim! - sussurro.

Dias depois....

Depois de duas semanas, Sophia foi liberada mas Aurora ainda não. Por ordens médicas ela só poderá ir embora quando completar um mês. Sophia chorou por isso, mas sabemos que é o melhor para a nossa pequena.

Enquanto Sophia está no hospital vendo Aurora, recebemos uma visita não muito boa da advogada dos Belmonte, de novo.

- Vim contatar novamente que os Belmontes querem um teste de DNA para saber se o bebê é de Matthew. - diz a sirigaita.

- Diga a eles que vão para o inferno! E se você voltar aqui novamente vou chamar a polícia e dizer que vocês estão nos assediando. - digo entre dentes.

A mulher vai embora e espero que não volte mais, pois eu serei capaz de mata-la.

Um mês depois...

Sophia Olive.

31 dias se passaram. Foram os piores dias da minha vida.

Tive que ter minha bebê antes da hora, ela apesar de ter nascido saudável, precisou ficar no hospital em observação e eu quase não me mantive forte esse tempo todo.

Eu quis está ali no lugar da minha menininha. Tive apoio dos meus amigos, mas ainda assim me senti sozinha. Era pra ele está aqui comigo cuidando da nossa bebê. Mas ele... ele não quis assim.

Hoje finalmente pude respirar aliviada. Estamos agora no quarto em casa, estou cercada por meus amigos enquanto vemos Aurora na cama dormindo ao meu lado.

Não paro de olhar para o meu pequeno milagre, e o quanto ela foi forte esses dias. Ela é tão pequena...

- Ela é uma princesa forte. - Lucy sorri.

- Nossa pequena Aurora. - Maya sorri.

- Tá, chega! Ela é minha afilhada. - Ana se mete fingindo braveza.

Rimos.

- Ok pessoal, vamos deixar nossas meninas descansarem. - Maria diz expulsando todo mundo.

Sorrio alegre por ter pessoas boas em minha vida.

Continuo olhando a minha menina que dorme tranquilamente. Ela se parece muito com o pai, apesar de ter só um mês de vida. Ela tem muito cabelo e são negros igual ao meu. Sua boca volumosa também é igual a dele e seus olhos azuis também. . De mim só pegou o nariz e os cabelos. O que já é o bastante.

- Você é perfeita meu amor. - sorrio alisando sua cabecinha.

Aurora choraminga e começa a chorar. Ela está com fome.

A pego em meus braços e tiro o seio para fora, a mesma abre a boca e suga com os olhinhos fechados.

Quem diria que eu estaria aqui com a minha princesa nos braços.

- Ah, Matthew, como você está perdendo isso. - sussurro triste.

****

RECOMEÇOS Onde histórias criam vida. Descubra agora