Capitulo 22

2.4K 116 25
                                    

Matthew Belmonte.

- Senhor, tem uma ligação do Dr.Bezerra. - minha secretária falou.

- Ok, Tânia. Obrigado.

Sozinho na minha sala, olhei nervosamente para o telefone. Fecho os olhos e respiro fundo, preciso saber.

- Adriel? - falo assim que atendo.

- Temos os resultados dos exames. - disse não revelando nada em sua voz.

***

Sophia Olive.

O final de semana chegou e eu estava apreensiva de como isso ia acontecer. Será que Aurora ia ficar feliz? Ou ela ia ficar chateada pelos avós só terem conhecido ela agora?

O que Matthew falaria quando a visse?

- Tem certeza que é isso que você quer? - Maya perguntou sentando no sofá ao meu lado.

- Não. - fui sincera. - Mas por Aurora eu faço tudo.

Ela sorriu entendendo e me abraçou.

***

- Chegaram. - Lucy disse.

- Mamãe quem chegou? - Aurora perguntou curiosa.

Estávamos em sua brinquedoteca.

- Vem ver, querida. - peguei sua mãozinha e fomos para a sala.

Estava lá Matheus e Lilian, meus ex sogros. Quando ambos viram minha menina, sorriram com lágrimas nos olhos.

Aurora me olhou sem entender nada e apertou ainda mais minha mão.

- Mamãe? - perguntou me olhando.

A peguei no colo e sorri fraco para ela.

- Eles são os seus avós, querida.

Ela arregalou os olhinhos e encarou os dois.

- Vocês são os meus vovós? - perguntou animada.

- Sim, pequena. - Lilian sussurrou contendo lágrimas.

- Mas a vovó não tinha ido ficar com papai do céu? - Aurora me olhou confusa.

Ela achava que Lilian e Matheus eram os meus pais, faz sentido pensar assim.

- E foram querida, eles são os pais do seu...papai. - engoli em seco.

Ela franziu a testa.

- E onde está o papai? Ele veio me ver também? - perguntou com um largo sorriso.

Meu coração doeu.

Olhei para ambos, que se olharam tristes.
Ele não viria?

- Ele vem outro dia para te ver, princesa. - foi a vez de Matheus dizer.

Claro que ele não viria, anos sem conhecer a filha que ele rejeitou, porque viria?

Aurora concordou normalmente por que em sua cabecinha ela veria seu pai outro dia. A mesma saiu do meus braços e foi abraçar os avós.

***

Semanas depois daquele dia, cá estava eu berrando ao telefone com Matheus.

- Pouco me importa as coisas importantes que seu filho tem pra fazer, se ele não vir esse final de semana, não verá Aurora nunca na vida dele, entendeu? Não vou deixar ele brincar assim.

Desliguei o celular segurando as lágrimas, mas foi em vão. Não aguentei muito e desabei na minha mesa.

Matthew resolveu não aparecer e Aurora só perguntava dele. Eu sempre me perguntava o porque ela quer tanto saber do pai... eu não basto?

RECOMEÇOS Onde histórias criam vida. Descubra agora