Prisioneiro do Coração (Companheiros do Mundo Sombrio #1)

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"Não há nada ainda", Lana falou pelo fone de ouvido, observando Xerus atentamente na tela. "Embora eu tenha cuidado com as salas à sua direita, vi um movimento estranho."

Um silvo de riso cheio de estática soou em seu ouvido. "Provavelmente não é uma ameaça." Xerus virou uma passagem e Lana trocou a transmissão para que pudesse vê-lo.

Lana sorriu. "Não para você, pelo menos. Mas achei que você deveria saber."

Houve um grunhido em resposta e Xerus entrou em uma grande sala de suprimentos. "Vou colocar um aqui. Não deve demorar muito."

"Vou ficar de olho", disse Lana. Ela o observou brevemente enquanto ele colocava o dispositivo em suas mãos na parede próxima, conectando os fios adequadamente. Ela ainda estava surpresa com sua habilidade de usar o ambiente ao redor dele, mesmo que desconhecido, para sua vantagem.

Embora não fosse como se ele não tivesse décadas de experiência treinando para utilizar tudo e qualquer coisa ao seu redor ou tempo suficiente para estudar tecnologia humana "simples". Ainda assim, ela não pôde deixar de ficar impressionada. Nem ela esperava que ele soubesse como construir bombas com as máquinas e robôs espalhando a base inteira. Quando ele mostrou a ela, ela só conseguiu encará-lo em perplexidade. Mas agora parecia óbvio e ela se repreendeu silenciosamente por sua falta de observação.

"Quase pronto", disse Xerus enquanto colocava os últimos fios no lugar, certificando-se de que a bomba estava totalmente presa à parede. Lana folheou os feeds rapidamente para ter certeza de que não havia nada prestes a se aproximar dele. Ela insistiu em ser os olhos extras de Xerus, para ter certeza de que nada tentasse atacá-lo de surpresa enquanto ele se concentrava em armar suas bombas. Embora ele pudesse se defender facilmente, ele precisava de foco total para ter certeza de que as bombas estavam conectadas corretamente. Quando ela viu que o caminho estava livre, ela voltou para Xerus.

"A costa está limpa."

Xerus olhou para a bomba uma última vez. Então, quando pareceu satisfeito, ele assentiu e saiu da sala. "Vou colocar a próxima em uma sala na extremidade oposta", ele disse.

Se um mês antes alguém tivesse dito a Lana que ela ajudaria um alienígena a colocar bombas para destruir a base inteira, ela pensaria que eles precisavam visitar o médico. No entanto, aqui estava ela e ainda achava isso surreal. E honestamente assustador.

Na noite em que ele contou a ela sobre as bombas, depois de completar seu primeiro conjunto de fios, metais e produtos químicos que ele havia encontrado em vários robôs no oitavo, ela ficou um pouco mortificada, para dizer o mínimo.

"Você me disse que tentaria salvar aqueles que não estão infectados", Lana disse.

" Eti xi neesh ", e eu farei isso, ele disse.

Lana cruzou os braços, uma carranca dura no rosto. "Então como destruir a base inteira ajuda exatamente?"

"Eu vou pegar o máximo de pessoas não infectadas que eu puder depois de instalar as bombas", ele disse, colocando cada bomba próxima à outra na mesa de jantar, "mas depois, a base deve ser destruída."

"Deixe-me adivinhar. Caso você tenha perdido alguma?", disse Lana.

Xerus assentiu. "Será mais fácil também. Em vez de ter que passar por cada parte deste lugar só para encontrar cada um dos infectados e destruí-los. Dessa forma, pode ser feito mais rápido."

Lana não podia discutir com isso. E quanto mais rápido isso fosse feito, mais cedo eles poderiam sair do planeta.

O plano de Xerus era colocar bombas em todos os andares, começando pelo mais baixo. Com doze já destruídas, ele não se incomodou, então começou com onze. Ele havia encontrado o fone de ouvido que permitia que eles se comunicassem enquanto ele colocava as bombas em cada andar, para que ela pudesse ajudá-lo a alertá-lo sobre qualquer "perigo" enquanto ele realizava sua tarefa. Por enquanto, ele se concentrou apenas nas bombas, deixando-as prontas para quando chegasse a hora de detonar. Então, como ele prometeu, ele procuraria aqueles não infectados e os levaria embora.