Em um mundo onde super-heróis e magia se entrelaçam com a vida cotidiana, Marinette enfrenta o abismo do desespero. Ela perdeu tudo: os - Miraculous - e os - Kwamis -, símbolos de seu poder e esperança. A amizade com -Chat Noir -, outrora inabalável...
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Não vou negar que passei a noite em claro, minha mente fervilhando de pensamentos enquanto tentava processar tudo o que a pequena aranha... quer dizer, Ambêr, havia me dito. Após aquela conversa, voltei à minha forma Cívil e fui jantar. Tive que inventar uma desculpa para lavar a louça, mesmo sabendo que era o dia da Giovanna. No entanto, foi até bom, pois ela parecia realmente cansada. Quando todos saíram da cozinha, peguei alguns petiscos para Ambêr e ficamos conversando por um bom tempo, que acabou se estendendo quase a noite inteira. Ambêr sugeriu que eu tentasse dormir, mas não consegui. Agora já eram sete da manhã e eu estava debaixo do chuveiro, quase caindo de sono, mas me recusei a faltar à aula. Assim que terminei meu banho e minhas higienes matinais, saí do banheiro com um roupão e uma toalha na cabeça.
- Ambêr, uma curiosidade... posso dormir com essas lentes ou preciso retirá-las? - perguntei enquanto enxugava meus cabelos.
- É surpreendente como você só pergunta as coisas depois... e não, a resposta é não! São lentes mágicas, não comuns - respondeu ela, simples, e eu concordei.
- Certo. Quase destruí o banheiro para tomar banho... sei que preciso me adaptar, mas está tão difícil... - falei, indo até o closet e pegando minhas roupas com extremadelicadeza, vestindo-me.
- Nada que alguns dias de prática não resolvam! Não se preocupe, Parker... - disse Ambêr, me observando sair do closet.
- Certo - murmurei inaudível.
- Já não deveria estar na escola? - perguntou ela, se aproximando de mim.
- Já estou indo, só preciso pentear meus cabelos... - falei, apontando para o pente, e me assustei quando dos meus pulsos saiu uma espécie de teia que agarrou o pente e o trouxe em minha direção, acertando meu nariz. - Porra... - quase gritei, levando as mãos ao nariz massageando. - Que merda é essa? - perguntei, olhando a teia ainda em meus pulsos. A puxei e olhei com cara de nojo. - Você não me disse que eu soltava teia?! Que coisa nojenta...
- Pensei que fosse óbvio, achei que você conseguiria ligar os pontos - disse Ambêr, revirando os olhos. - Você está atrasada, Parker, não é hora de ter nojo de nada... - completou, e eu concordei, ainda olhando para meu pulso.
Peguei minha mochila e saí do quarto. Não tive tempo de comer nada, pois Josué me arrastou para fora da casa. Assim que chegamos ao colégio, nos separamos. Normalmente, eu não usaria jaquetas, mas com Ambêr agora seria muito útil, pois ela ficava escondida de forma segura.
- Eu realmente não entendo como você consegue ser tão encantadora logo de manhã! Qual a probabilidade? E não só de manhã, mas em qualquer momento do dia... - Ouvi a voz de Luz e parei de caminhar, olhando para ela enquanto vinha em minha direção, fingindo se abanar e assobiar para mim.
