Ever After High: O Florescer do Destino

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— Muito bem, deixa eu ver se eu entendi... — Lizzie observava os cenários em três dimensões dos feitiços de Evidência Irrefutável enquanto absorvia as explicações de Madame Yaga, Ginger e Faybelle — Vocês descobriram o feitiço que a Raven lançou no Dexter, e ele tem a ver com um teletransporte específico para o lugar que a pessoa que ela quer que receba o feitiço interpreta daquilo?

— Em linhas gerais, sim — confirmou Faybelle.

— E nós precisamos da sua ajuda pra descobrir o local mais propício que a Courtly interpretaria como "inferno" — prosseguiu a feiticeira —, pois é lá que o Dexter deve estar.

— Você parece conhecer bem a Courtly, não consegue dar um palpite? — perguntou Ginger.

Lizzie balançou a cabeça.

— Na verdade, isso é bem difícil de dizer... — disse a Hearts — Porque, bem, ela é uma trapaceira de "alma livre". O que eu sinto sobre ela é que ela se adapta a qualquer lugar, mas acaba não pertencendo a nenhum deles no fim das contas. Ela simplesmente não se encaixa, tudo no final aborrece ela. Nessa lógica, o "inferno" pra ela pode ser qualquer lugar...

— Quais são exatamente as habilidades mágicas dela, Lizzie? — Baba Yaga quis saber.

— Ela faz trapaças, vive pra se meter no caminho das outras pessoas e se divertir sozinha com isso, não importa o que seja. E ela pode usar qualquer coisa pra fazer isso, como..., como...

Uma recordação atiçando os neurônios da Hearts a fez arregalar os olhos.

— ... cartas...! — concluiu ela com a voz quase falhando em um sussurro.

— Cartas?

— Como eu não pensei nisso antes!! — ela levou a palma da mão à testa e abriu a bolsa tira-colo com a mão livre. Lizzie sacou para fora o próprio MirrorPhone e digitou assiduamente contra a tela do aparelho. — Eu, o Dexter e as outras fomos pra Floresta Encantada pra encurralar a Courtly! A Duquesa e a Kitty perderam as habilidades mágicas e estávamos suspeitando dela!

Lizzie virou a frente do aparelho na direção da professora, de Faybelle e de Ginger. Ela tocou a tela e um vídeo começou a ser reproduzido de Courtly ao lado da Cheshire, em Bookend, discretamente tocando as costas da colega com algo semelhante a um papel escondido na palma de sua mão.

— Foi o Dexter quem seguiu ela e gravou isso — ela explicou. — Logo em seguida, a Kitty já não consegue mais desaparecer, ficou até aqui na gravação! E quando estávamos na Floresta Encantada, a Courtly nos atacou com cartas, deve ser isso que ela escondeu na mão pra pegar a magia das meninas.

— Pelas barbas de Merlin... — murmurou Baba Yaga em estado de choque. — Provavelmente, é por isso que meus feiticeiros estão com tanta dificuldade..., é magia do País das Maravilhas! E uma muito oculta, aparentemente...

— Tem razão, eu me lembro disso! — confirmou a Breadhouse — Mas, Lizzie, eu achei que só a filha da Rainha de Copas conseguia usar cartas de baralho com propriedades mágicas...

— Teoricamente sim, mas... essa história é bem complicada. Ainda mais que envolve o antigo Coringa, Jack Oswald Jester, e todo o estrago que ele fez...

— Que tipo de estrago? — questionou a Thorn.

Lizzie suspirou.

— Bom, não sei se vocês sabem, mas, antigamente, as linhagens dos Coringas viviam no Palácio Vermelho, junto com a família real de Copas. Como o coringa pode ser qualquer coisa no baralho, as gerações antigas dos Jester se alinhavam aos interesses reais para estratégias de batalha e outras coisas. E com o pai da Courtly, Jack Jester, não foi diferente, ele e a minha mãe eram muito amigos.