A Líder da Guarda Real

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Após o ataque das Temmies, Chara ficou ferida e precisava de um local seguro para descansar imediatamente. Por sorte, um monstro os atacou... tá, não foi tanta sorte assim, mas pelo menos o monstro era fraco, e depois de Boogie conversar com ele, o mesmo ofereceu tratamento para a humana machucada que...

— Ela está tão tranquila. — Já havia caído no sono e embaralhado toda a cama de Alphys.

— Isso é bom, significa que a dor não é tão grande a ponto de atrapalhar. Mas me digam, onde vocês se meteram para acabar assim, caindo de uma cachoeira? — Frisk estava sentada no canto da cama, Boogie ficava plantado na mochila que estava no chão, e a questionadora ia em direção à geladeira para oferecer alguma comida.

— Um polvo gigante destruiu o nosso barco enquanto se defendia de uns bonecos voadores. — A flor respondia, deixando um silêncio no local por alguns segundos.

— Como é? — Alphys se virou enquanto tirava uns pãezinhos e frios da geladeira.

— Em resumo, viramos alvos do BOB.

— Nossa... ele é o monstro mais perigoso de Waterfall... agora, acho que vocês tiveram sorte de estarem vivos. — Ela deixou os ingredientes à mesa.

— Enfim, querem comer alguma coisa? — Frisk balançou a cabeça em negação. "Acho que fome é a última coisa que tenho agora..."

— Eu aceito, mas não consigo fazer eu mesmo.

— Eu posso fazer para você, então.

— Sério, Frisk? Obrigado. — Boogie sorriu, enquanto a garota se levantava. "Parando pra pensar, vai ser meio difícil fazer sem enxergar..." Ela caminhou em direção à mesa, com a mão à frente, enquanto Alphys dava passos curtinhos na direção do monstro flor.

— Diria que em uma hora ela vai acordar e vocês poderão seguir viagem.

— O quê? Uma hora? O que vamos ficar fazendo por uma hora?

— Você gosta de... animes?

...

— ... o Ink pode ser um pouco duro às vezes. Talvez você não saiba disso, mas ele também cresceu sem pai. Na verdade, ele nunca conheceu nenhum de seus pais e nunca teve nenhum amigo em nosso universo. Mesmo assim, eu nunca o vi chorar, ficar zangado ou se dar por vencido. Ele está sempre disposto a melhorar, quer ser respeitado. Esse é o sonho dele, e o Ink daria a vida por isso sem hesitar. Meu palpite é que ele se cansou de chorar e decidiu fazer alguma coisa a respeito... — E assim o tempo passou em um piscar. Boogie, Alphys e Frisk (que só escutou, no caso) assistiram alguns episódios de um anime chamado "Ink", sendo esse o nome do protagonista. Nessa cena, o sensei dele, "X" (pronunciado com a tonalidade em inglês, para ficar mais legal), conversava com um figurante que havia se irritado com o protagonista. A trama era simples e parecia prender quem assistia, até acabar...

— Nossa, confesso que me emocionei um pouco... — Boogie dizia enquanto deixava o pratinho, que Frisk havia dado para ele comer o pão, de lado.

— Sim, sempre me sinto mais motivada quando assisto a esse anime.

— Então coloca o próximo aí, está legal! — Os dois monstros pareceram se entender. Frisk ficou feliz, porém ela se levantou, dando passos na direção da cama onde Chara estava, e se sentou novamente.

— Duas horas e meia... você é meio preguiçosa, Chara. — Frisk cutucava a testa da outra humana, que abriu um dos olhos no mesmo instante.

— Hehe... você percebeu rápido até, mesmo sendo a única cega. — Ela se levantou, ficando sentada na cama. Encarava Frisk com um sorriso, enquanto os outros dois nem percebiam o movimento. — Parecem duas crianças se animando com desenho.

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