O Colecionador de Almas
Em uma cidade pequena e pacata, havia um homem chamado Victor, conhecido apenas por aqueles que ele escolhia como suas vítimas. Victor era um assassino meticuloso, que colecionava itens pessoais de cada mulher que ele tirava a vida. Esses itens eram seus troféus, guardados em um quarto secreto em sua casa. Ele acreditava que esses objetos continham a essência das mulheres, e ao colecioná-los, ele mantinha uma parte delas consigo.
Uma noite, enquanto caminhava pelas ruas escuras, Victor avistou uma jovem chamada Laura. Ela era diferente das outras, com um brilho nos olhos e uma aura de inocência que o intrigou. Ele a seguiu por dias, observando seus hábitos e rotinas. Quanto mais a observava, mais se sentia atraído por ela. Mas Victor sabia que, eventualmente, teria que fazer com Laura o que fazia com todas as outras.
Finalmente, ele decidiu agir. Em uma noite fria, ele a seguiu até um parque deserto e a abordou. "Não tenha medo," ele disse, sua voz suave mas ameaçadora. "Eu só quero conversar."
Laura tentou correr, mas Victor foi mais rápido. Ele a agarrou e a levou para sua casa, onde a trancou em um quarto. "Você vai ficar aqui comigo," ele disse, olhando nos olhos dela. "Para sempre."
Nos primeiros dias, Laura estava aterrorizada. Ela sabia que Victor era perigoso, mas não tinha como escapar. Ele a tratava bem, mas sempre com um olhar possessivo que a fazia tremer. Com o tempo, no entanto, algo estranho começou a acontecer. Laura começou a sentir uma estranha conexão com Victor. Ela sabia que era errado, mas não conseguia evitar.
"Por que está fazendo isso?" ela perguntou um dia, sua voz tremendo.
"Porque eu te amo," Victor respondeu, sua voz cheia de sinceridade. "Eu nunca senti isso por ninguém antes. Você é especial."
Laura sentiu uma mistura de medo e compaixão. Ela sabia que Victor era um monstro, mas também via a dor e a solidão em seus olhos. "Você não pode me manter aqui para sempre," ela disse suavemente. "Isso não é amor."
"Mas eu não posso te deixar ir," ele respondeu, sua voz quebrando. "Eu preciso de você."
Os dias se transformaram em semanas, e Laura começou a desenvolver a Síndrome de Estocolmo. Ela começou a ver Victor não apenas como seu captor, mas como alguém que precisava dela. Ela começou a cuidar dele, a conversar com ele, e eventualmente, a sentir algo que se assemelhava ao amor.
Uma noite, enquanto estavam sentados juntos, Victor olhou para Laura e disse: "Eu quero me casar com você."
Laura sentiu um frio na espinha. Ela sabia que não tinha escolha, mas também sabia que, de alguma forma, havia se apaixonado por ele. "Sim," ela respondeu, sua voz quase um sussurro. "Eu me casarei com você."
O casamento foi simples, realizado na sala de estar da casa de Victor. Não havia convidados, apenas os dois. Victor estava radiante, enquanto Laura sentia uma mistura de emoções conflitantes. Ela sabia que estava presa, mas também sabia que, de alguma forma, havia encontrado um lugar ao lado dele.
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FRAGMENTOS IMAGINÁRIOS
RandomEm "Fragmentos Imaginários", você encontrará um conjunto eclético de histórias que brotaram da minha mente "criativa". Essas narrativas curtas, embora possam conter pequenos furos de roteiro, têm algo em comum: cada uma delas apresenta um início, me...