CONTO 6

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O Pesadelo dos Gêmeos

Na cidade de Eldoria, onde as noites eram mais escuras e os ventos sussurravam segredos antigos, vivia uma jovem chamada Clara. Ela era uma estudante universitária comum, mas ultimamente vinha sendo atormentada por sonhos estranhos e perturbadores. Em seus sonhos, ela via dois irmãos gêmeos, demônios opostos em aparência e natureza. Um deles, chamado Azazel, tinha olhos vermelhos brilhantes e uma aura de pura maldade. O outro, chamado Samael, tinha olhos azuis profundos e uma presença que, embora sombria, parecia carregar uma tristeza infinita.

Certa noite, o sonho de Clara foi mais vívido do que nunca. Ela estava em uma floresta escura, cercada por sombras. Azazel e Samael estavam lá, observando-a com intenções opostas.

"Você não pode escapar de nós, Clara," disse Azazel, sua voz um sussurro ameaçador. "Você pertence a mim."

"Não a machuque," implorou Samael, sua voz cheia de dor. "Ela não merece isso."

Clara acordou com um sobressalto, suando frio. Mas desta vez, algo estava diferente. Ela não estava em seu quarto. Estava em um lugar escuro e úmido, amarrada a uma cadeira. O medo tomou conta dela quando percebeu que os demônios de seus sonhos estavam ali, na sua frente, em carne e osso.

"Finalmente acordou," disse Azazel, um sorriso cruel se formando em seus lábios. "Bem-vinda ao seu novo lar."

"O que vocês querem de mim?" perguntou Clara, sua voz tremendo.

"Você é especial, Clara," respondeu Samael, seus olhos azuis cheios de tristeza. "Seu sangue tem o poder de nos libertar."

"Libertar?" Clara estava confusa e apavorada. "Do que vocês estão falando?"

"Estamos presos neste mundo," explicou Azazel, sua voz cheia de desprezo. "Condenados a vagar entre os vivos e os mortos. Mas com seu sangue, podemos finalmente ser livres."

Clara sentiu um arrepio percorrer sua espinha. "E o que acontece comigo?"

"Você morrerá," disse Azazel, sem rodeios. "Mas não se preocupe, será rápido."

"Não!" gritou Samael, sua voz cheia de desespero. "Há outra maneira. Podemos encontrar uma solução que não envolva sua morte."

Azazel riu, um som que ecoou pelo local escuro. "Você sempre foi fraco, irmão. Ela deve morrer para que possamos viver."

Clara olhou para Samael, seus olhos implorando por ajuda. "Por favor, me ajude. Eu não quero morrer."

Samael se aproximou, seus olhos cheios de determinação. "Eu prometo que vou encontrar uma maneira de salvar você."

Azazel bufou, impaciente. "Você está desperdiçando seu tempo. Ela é apenas uma humana."

"Ela é mais do que isso," respondeu Samael, sua voz firme. "Ela é nossa única esperança."

Os dias se passaram, e Clara ficou presa naquele lugar escuro, vigiada constantemente por Azazel. Mas Samael continuava a procurar uma solução, vasculhando antigos textos e rituais esquecidos. Ele sabia que o tempo estava se esgotando, mas não podia desistir.

Uma noite, enquanto Clara dormia, Samael encontrou o que procurava. Um antigo ritual que poderia libertar os irmãos sem sacrificar Clara. Mas havia um preço: ele teria que sacrificar sua própria essência demoníaca.

"Eu encontrei uma maneira," disse Samael a Clara, seus olhos brilhando com esperança. "Mas preciso que você confie em mim."

"Eu confio em você," respondeu Clara, sua voz cheia de gratidão. "O que eu preciso fazer?"

"Você precisa recitar estas palavras," disse Samael, entregando-lhe um pergaminho antigo. "E eu farei o resto."

Clara assentiu, determinada a fazer o que fosse necessário para sobreviver. Quando Azazel descobriu o plano, ficou furioso.

"Você está traindo nossa própria espécie!" gritou ele, avançando sobre Samael.

"Eu estou salvando uma vida inocente," respondeu Samael, enfrentando seu irmão. "E estou fazendo o que é certo."

Azazel atacou, mas Samael foi mais rápido. Ele usou sua força para conter Azazel, enquanto Clara recitava as palavras do pergaminho. Uma luz brilhante encheu o local, e Clara sentiu uma energia poderosa ao seu redor.

"Não!" gritou Azazel, enquanto sua forma começava a se desintegrar. "Você não pode fazer isso!"

"É tarde demais," disse Samael, sua voz cheia de tristeza. "Adeus, irmão."

Com um último grito de raiva, Azazel desapareceu, deixando apenas uma sombra no chão. Samael caiu de joelhos, exausto, mas aliviado.

"Você conseguiu," disse Clara, correndo para ajudá-lo. "Você nos salvou."

"Eu fiz o que tinha que ser feito," respondeu Samael, sua voz fraca. "Agora, você está livre."

Clara ajudou Samael a se levantar, e juntos, eles saíram daquele lugar escuro. A luz do sol os envolveu, trazendo uma sensação de paz que Clara não sentia há muito tempo.

Nota da Autora:Queridos leitores,Espero que esta história tenha trazido arrepios e emoções para o seu Halloween

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Nota da Autora:
Queridos leitores,
Espero que esta história tenha trazido arrepios e emoções para o seu Halloween. Às vezes, a verdadeira força vem de onde menos esperamos, e até mesmo as criaturas das trevas podem encontrar redenção. Que esta história inspire vocês a acreditar na possibilidade de mudança e na força do sacrifício.

*VEJO VOCÊS AMANHÃ.

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