4) O rebelde guitarrista e a doce violinista.

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Jeju;
Algumas semanas depois.

Três semanas passaram muito rápido, e a presença de Donghyun nesse meio tempo parecia algo cada vez mais fixo na rotina do escritor.

Quando ele acordava de manhã, doido por um café pelando e uma comidinha caseira, Donghyun estava o esperando no saguão do hostel, pronto para arrastá-lo até o restaurante de Sungho e de seus pais, rapidamente, o local virou um point de encontro frequente entre os dois e o silêncio, muito costumeiro nas rotinas de escrita do Han, foi preenchido com pequenas risadas, suspiros e até mesmo solos de guitarra quando se tinha Donghyun ao seu lado.

Quando Taesan teve sua primeira reunião com Jaehyun e algumas pessoas encarregadas de sua publicação, foi quando os dois tiveram que passar alguns dias separados. O escritor voltou para Seul com dezoito capítulos de seu livro prontos, e estava ansioso para saber o que todos achariam da mudança de enredo repentina, mas acreditava que como a editora trabalhava frequentemente com artistas, entenderiam que quando se depende da criatividade do outro, muitas coisas são inconsistentes e podem mudar ao longo do caminho.

— Você tá comendo direito? Tô te achando mais magro! — Jaehyun estava ao lado de Taesan no elevador, enquanto os dois pareciam muito ansiosos - por motivos diferentes - para aquela reunião.

— Acredite, sou obrigado a ter todas as refeições do dia por lá, então isso é coisa da sua cabeça. — Taesan se olhou no espelho do elevador, tentando entender o motivo de seu melhor amigo ter cismado com isso desde o dia anterior, quando havia o buscado no aeroporto.

— Deve ser a saudade, eu tava com tanta saudade de você que nem me lembro mais como era seu rostinho quando não tá dopado de calmante.

— Do jeito que você não vive sem mim, não duvido nada que seja mesmo.

— Metido! — As portas do elevador se abriram no décimo quinto andar do prédio comercial, e Jaehyun foi quem puxou Taesan para fora, já que o escritor estagnou na caixa metálica como se estivesse prestes a entrar no inferno.

O escritor de repente lembrou de um dos seus maiores medos com aquela conversa. Ele havia mudado tudo e o que diabos garantia que eles manteriam o contrato de publicação? Pois é, nada era garantia.

— Vai na frente, vou beber um copo de água antes. — Foi a única coisa que conseguiu dizer para Jaehyun antes de começar a andar na direção oposta daquela porta e daquela sala imensa.

O escritor apertou com força a camisa que usava, na direção do peito, onde ele sempre achava que começava seus sintomas mais fortes de ansiedade. Coração acelerando, cada pensamento, cada segundo que pareciam horas, dedos trêmulos e a boca secando como se estivesse andando há dias no deserto, tudo parecia o desesperar cada vez mais.

E quando a falta de ar estava se fazendo presente, como se fosse um sinal dos céus, seu celular tocou. O toque era tão específico, que Han Dongmin nem mesmo precisou olhar para o nome no ecrã antes de atender.

"Alô." – O escritor ouviu a respiração no fundo da ligação, então a voz de Woonhak soou.

"Ele estava ansioso já que você não respondia às mensagens, podem se falar normalmente, eu sinalizo para o hyung o que você vai dizer." – Taesan não conseguiu controlar o suspiro que escapou pelos seus lábios, as mãos geladas começando a voltar à sua temperatura normal enquanto a tremedeira parava lentamente.

"Garoto bonito, você deve estar nervoso agora, né?" – A voz encorpada soou do outro lado da linha, e o semblante sério de Taesan mudou imediatamente, a ansiedade deu espaço para uma saudade nítida, e o escritor começou a se desesperar agora com os seus sentimentos.

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