8) amor.

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Chegamos à última atualização de Notas do Silêncio, antes que vocês leiam, eu gostaria muito de agradecer os comentários, o cuidado e amor comigo e com meus personagens! Sou grata pela interação de vocês, isso me ajuda a não desistir de escrever.

Também gostaria de agradecer pelas 1 mil leituras que se fez possível por vocês manterem as consistência de vir ao meu perfil toda vez que tem um capítulo novo e ler ele! Sem vocês eu estaria escrevendo apenas pra mim mesma aqui (que foi o meu objetivo principal com essa conta), não queria ter que deixar minhas histórias engavetadas e fico feliz que vocês tenham gostado da forma como escrevo!

Aproveitem a leitura e um beijo grande 💋

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Jeju, Manhã de Outono.

A luz suave da manhã invadia a pequena casa, enquanto Donghyun sentia o nervosismo se acumular dentro de si. Ele estava prestes a receber seu primeiro aparelho auditivo. A ideia de voltar a ouvir o mundo ao seu redor, algo que ele acreditou estar perdido para sempre, parecia irreal. Ao seu lado, Dongmin mantinha a mão firmemente entrelaçada à sua, oferecendo apoio silencioso.

O mesmo Dongmin que entregou seu manuscrito e estava adiando sua ida à Seul a todo custo, apenas esperando que Donghyun também estivesse preparado para ir atrás dos sonhos que vinham planejando viver e realizar, juntos.

"Está tudo bem?" – Dongmin sinalizou, tentando esconder sua própria ansiedade. Ele sabia o quanto aquele momento significava para Donghyun e, no fundo, também queria que tudo o que havia preparado fosse perfeito.

Donghyun assentiu, o coração acelerado. Entrar na sala do centro auditivo parecia o primeiro passo em direção ao desconhecido, mas um desconhecido que, de alguma forma, trazia consigo uma promessa de recomeço.

Dentro da sala, o técnico explicou detalhadamente o funcionamento do aparelho. Ele ajustou cuidadosamente o dispositivo no ouvido de Donghyun, e o silêncio que antes parecia permanente começou a se dissipar. Aos poucos, ele ouviu um leve som — o zumbido das máquinas, o farfalhar das folhas do lado de fora. Mas foi quando olhou para Dongmin que o som realmente tomou forma.

— Donghyun? – A voz de Dongmin, que até aquele momento ele só conhecia por gestos e vibrações, agora ressoava com clareza. Era uma voz suave, cheia de ternura e surpresa.

Donghyun piscou, as lágrimas brotando em seus olhos, sem conseguir responder. Ele simplesmente se virou para Dongmin e, pela primeira vez em muito tempo, sorriu não apenas com os lábios, mas com o som que a respiração e o riso traziam de volta.

— Está... ouvindo? – Dongmin perguntou novamente, agora com mais emoção.

— É linda, – Donghyun sussurrou, com a voz ainda um pouco hesitante, mas clara o suficiente para que Dongmin entendesse — Sua voz é linda, Dongmin-ah.

Ali, naquele momento, enquanto o som do mundo ao redor voltava aos poucos, a relação entre eles parecia ganhar uma nova dimensão. Donghyun, que tantas vezes se sentiu preso em seu silêncio, agora se sentia parte do mundo outra vez — e, mais do que nunca, conectado a Dongmin.

Mais tarde naquele dia, os dois caminharam juntos pela praia, como faziam sempre. Mas desta vez, tudo era diferente. Para Donghyun, os sons que ele agora podia ouvir pareciam se misturar de forma mágica — o mar, as risadas distantes, e, acima de tudo, a voz de Dongmin, que agora ele podia escutar claramente sempre que quisesse.

Enquanto caminhavam, Dongmin parou de repente ao receber uma notificação no celular. Ele franziu a testa por um momento, lendo a mensagem. Então, seus olhos se arregalaram.

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