CHAPTER 2

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TIANA MORETTI16|06

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TIANA MORETTI
16|06

Cheguei ao hospital apressada, o ambiente familiar de corredores brancos e o cheiro de antisséptico me envolvendo como um abraço indesejado. Conversei brevemente com a recepcionista, esperando que ela pudesse ter encontrado algum registro daquele homem, mas acabei decepcionada com sua resposta. Decidi ir até o refeitório antes de começar a trabalhar e encontrei minha amiga, Cléo.

- Não encontrei nenhum dado dele - disse, desanimada. - A recepcionista checou e não há registros de alguém com aquela descrição.

- Talvez seja melhor deixar isso de lado por enquanto - sugeriu Cléo. - Pode ser só um mal-entendido.

- Não sei... foi muito estranho. Eu senti uma conexão diferente. - Suspirei, dando um gole no café.

- Você é casada, mulher. - Cléo disse, olhando para mim com um olhar de julgamento.

- Eu sei, mas não estou dizendo que fiquei apaixonada por ele. Só achei estranho o que aconteceu, fiquei curiosa. - dei um tapa na mão de Cléo.

Ela riu baixinho.

- Bem, se você encontrar algo sobre ele, me diga. Fiquei curiosa também. Agora vamos começar o trabalho.

Suspirei, resignada. Não havia tempo para lamentar, o trabalho me chamava. Passei o resto do turno distraída, meus pensamentos vagando entre minhas responsabilidades e o estranho do restaurante. Quando finalmente bati o ponto no final da tarde, mandei uma mensagem para meu marido, Simon:

"Oi, amor. Já saí mais cedo hoje. Não precisa me buscar, amanhã e sexta é minha folga. Bom trabalho, beijos."

Ao chegar em casa, resolvi organizar alguns documentos que precisava para um projeto. Sabia que estavam guardados em algum lugar, talvez no armário do quarto. Após alguns minutos de busca, encontrei uma caixa no fundo do armário. Ao abrir, vi alguns papéis e fotos antigas, nada do que eu estava procurando, mas uma foto antiga fez meu coração acelerar: era eu pequena com um cara jovem me segurando no colo, e eu o reconheci imediatamente como o homem do restaurante, porém mais jovem.

Quem era ele?

Fuçando mais na caixa, encontrei fotos minhas com meu pai e o homem do restaurante.

- Espera, eu conheço esse cara... - murmurei, sentindo um calafrio.

De repente, a memória voltou como um flash: aquele homem era meu irmão, mas eu não conseguia lembrar seu nome. Desesperada para descobrir mais, fui ao computador. Após alguma pesquisa, encontrei o perfil da minha tia materna no Facebook. Vi várias fotos da minha infância, muitas com minha mãe, pai, tios e um irmão que eu mal lembrava. Nas postagens antigas, vi o nome do irmão: Erick, Erick Monteiro.

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