CHAPTER 6

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SIMON MORETTI18|06

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SIMON MORETTI
18|06


Nos aproximamos do complexo em silêncio, cada passo sincronizado com as sombras que o sol da tarde estendia. Nosso treinamento fazia cada movimento parecer natural, quase instintivo. Hunter dividiu a equipe sem hesitação: eu, Candezza, e Jackson tomamos a ala norte, enquanto ele e Reed cobriram o sul. O silêncio era quase insuportável, quebrado apenas por um ou outro rangido de metal enferrujado. Nosso objetivo era claro: encontrar as crianças e tirá-las de lá, custe o que custar.

Encontramos as crianças mais rápido do que esperávamos, amontoadas e amedrontadas. Enquanto as guiávamos em direção à saída lateral, o som seco de tiros estourou pelos corredores. Meu coração disparou, e sem pensar duas vezes, todos nós convergimos para o som. A intensidade da troca de tiros foi surreal, cada bala um risco de vida ou morte. Candezza e Hunter cobriram nossa retaguarda, enquanto Jackson e eu avançávamos, forçando caminho até Reed, que conseguiu esconder as crianças em um dos armazéns.
Após vários minutos de tiroteio e até uma explosão que parecia uma eternidade, o tiroteio cessou. Corpos dos mafiosos jaziam no chão, alguns mortos, outros fugindo na escuridão. Eu encontrei Jackson e Candezza depois de tudo e apoiamos nossos corpos contra uma parede. Estávamos exaustos, corpos encharcados de suor e nervos à flor da pele. Foi então que ouvi o grito de Reed, a voz carregada de uma angústia que cortou o silêncio como uma faca.

- NÃO! - A voz trêmula de Reed ecoou pelo armazém, chamando a atenção de todos.

Nos aproximamos rapidamente na direção do grito. Quando vi Reed ajoelhado ao lado de Hunter, tudo dentro de mim desmoronou. O capitão estava imóvel, o tiro preciso na parte de trás da cabeça deixando claro que não havia nada que pudéssemos fazer. Jackson correu até o pai, mas eu já sabia. Hunter estava morto. O homem que nos liderou, que era como um pai para muitos de nós, foi tirado de todos com um único tiro. Meus ombros desabando, a gravidade da perda estampada em meu rosto. Candezza ficou imóvel vendo a cena, até que ele pegou o walkie-talkie:

- Tori, aqui é o Candezza. O capitão Hunter está morto.

Eu olhei ao redor, ainda estava tentando processar quando vi um movimento ao longe. Um homem, de pé, com uma arma em punho, na direção da origem do tiro fatal. Levantei minha arma, mas ele estava longe demais. Ele fez um gesto, apontando para algo em sua mão, sinalizando um celular. Imediatamente, meu telefone começou a vibrar no bolso. Quando vi o nome "Mi amore" brilhando na tela, o pânico tomou conta de mim e atendi a chamada de vídeo.

A imagem que surgiu na tela era o meu pior pesadelo: Minha esposa, amarrada, amordaçada, com os olhos vendados e armas apontadas para ela. A voz fria do outro lado me deu um ultimato que congelou meu sangue.

- Se você quer vê-la viva novamente, renda-se, Moretti. - disse uma voz grossa do outro lado da linha.

Eu sabia que a missão tinha acabado de se tornar pessoal. Fechei os olhos por um momento, tentando manter a compostura, mas a raiva e o medo se misturavam dentro de mim. Encarei a imagem de minha esposa na tela, o pânico crescendo em meu peito. Meus dedos apertaram o telefone com tanta força que os nós dos dedos ficaram brancos. A voz do outro lado da linha era cruel, impiedosa, e sabia que não estava lidando com alguém que faria concessões facilmente.

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