Capítulo 3 - Treino

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Zenitsu pov:

    Horrível, isso é o treino desse louco. Esse filho da puta me jogou de um penhasco, eu quebrei AS DUAS PERNAS, não uma, AS DUAS. O Kaigaku se segurou com a espada e foi chutado pelo Kizuki que o fez quebrar a coluna. Ele ficou jogando a gente lá de cima até cairmos de pé sem quebrar nada durante umas duas semanas. Comida? Péssima, não sei onde ele arranja aquilo. "Isso é pra melhorar a queda de vocês, já que são usuários da respiração do trovão" mais um monte de blá, blá, blá.
    Até conseguimos isso, mas depois só foi piorando. Ele ficou mandando a gente lutar contra ele (a gente ataca e ele se defende, se dermos brecha, ele ataca) um de cada vez enquanto corta nosso pescoço. Dois meses inteiros e não temos nem 30 segundos de luta com o Kokushibou.

— Um segundo a mais, bom, Zenitsu. — Kokushibou.

— CHUPA, KAIGAKU!

— CALA A BOCA, IMBECIL, EU JÁ CONSIGO 10 SEGUNDOS!

— 10 segundos? Desde quando?

—  Desde dois dias atrás? — E ESSE IDIOTA NEM ME FALOU. — achei que você lia pensamentos.

— Eu controlo isso agora, Kaigaku. Faz um tempo que não leio o seu. — Dei uma pausa -Tenho treinado com Kokushibou.

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— Eu não consigo não...

— Se esforça. Não quer morrer, não é?

— Claro que não, mas...

— Mas? Engula esse choro e continue. — Parece um bebê.

—Eu não pareço um bebê! — Cruzo os braços.

— Não importa - Suspirou — Tem um minuto para se decidir, caso contrário, posso lhe tirar a vida.

— Continuo sim. — Ele tem métodos muito duvidosos para matar outro oni.

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    Mais algumas horas de tortura e comemos a gororoba do Kokushibou e vamos para um templo velho, sujo, fedido, imundo e podre para o treino "psicológico" durante o dia. Um jogo de tabuleiro de estratégia. Eu não sei nada desse jogo, sempre perco para Kokushibou e Kaigaku. É só para enrolar.

— Mestre Kokushibou, você é maravilhoso, tem um ótimo treino, a comida que você consegue é de ótima qualidade, você é forte, corajoso, único, habilidoso, invejável, por ai vai. — Ainda bem que Kokushibou não lê pensamentos, se não Kaigaku estava ferrado. — Mas por que esse lugar?-— Nenhuma resposta.

— Tem uma vila bem pequena aqui perto, a gente pode tomar pra gente. — Vila, vilarejo, cidade, não importa.

— Exato, escravizamos eles e ficamos bem.

    Kokushibou encara nossa alma, suspira e diz:

— Não.

— A gente tira a parte de escravizar. — Era a parte mais legal.

    Kaigaku tem sérios problemas.

— É mestre Kokushibou, vamos!

    Ficamos implorando para ele, até que nos manda calar a boca.

Onis do trovão - Cinco SuperiorOnde histórias criam vida. Descubra agora