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8:19 am
trabalho de Luci

– Ok, chefe. Eu já terminei esse projeto mas sim, eu posso refaze-lo – eu resmugava ao telefone enquanto olhava para o projeto fresquinho em minha mesa – Tudo bem, amanhã vai estar na sua mesa. Tchau, tchau.

– Chefe está pegando pesado em você? – escuto uma voz estranha ao meu lado e vejo um homem alto com o cabelo bem arrumado.

– Ah, sim. Pediu para eu refazer o projeto que demorei uma semana pra terminar – reclamo com o homem que ainda não conhecia.

– Ele pega pesado com novatos – ele diz sorrindo e chegando perto, se escorou em minha mesa – Sou Joseph, prazer.

– Luci – me apresento apertando sua mão em comprimento.

– Está trabalhando aqui a quanto tempo? – ele pede apoando suas mãos nas pernas enquanto ficava confortável.

– Acho que vai fazer um mês.

– Sério? Como não percebi tal beleza antes? – ele fala gesticulando com a mão me fazendo corar.

Fiquei em silêncio e sorria boba, mas ele não se deixou abalar pela falta de resposta.

– Bom, queria muito levá-la para sair qualquer dia desses. Está livre sábado?

– Ah, acho que sim. Sou nova na cidade então não conheço muitos lugares.

– Tudo bem, me passa seu endereço e número. Te busco às 20:00.

Sorrio mais do que já estava e pego um pedaço de papel para escrever as informações. Quando entreguei a ele, Joseph sorriu para mim e tocou levemente minha mão. Achei que não iria acontecer algo assim comigo, mas cá estou eu, anotando em minha agenda que sábado vou estar ocupada.

Me atrapalhei toda o resto do expediente e não consegui fazer nada. Logo fui para casa, o chefe ainda insistia que eu ficasse só até o almoço, não estou achando ruim. Peguei um trânsito pesado, mas nada conseguia me abalar. Na verdade, uma coisa conseguiu. Entrando na garagem do prédio dei de cara com um carro em minha vaga. Fiquei admirada por um tempo e peguei a vaga mais próxima deixando um aviso colado no porta-malas para de quem quer fosse a vaga.

Subindo as escadas escuto muita conversa vindo do apartamento de Monica. Fiquei matutando a ideia de chegar no apartamento daquele jeito, maz via os outros fazendo o mesmo. Monica ja tinha assegurado de que eu poderia ir lá a hora que quisesse, disse que eu ja era parte do grupo. Claro que ainda me sinto um pouco deslocada, respirei e entrei.

– Oh, oi Luci – sauda Rachel com o semblantes abalado.

– Ei, aconteceu alguma coisa? – peço deixando meu casaco e bolsa no balcão.

– Rachel acabou perdendo uma oportunidade de trabalho muito boa – explica Monica passando a mão nas costas da amiga.

– Ah, sinto muito, Rach – vou até seu lado e a puxo para um abraço rápido – Outras oportunidades vão aparecer.

– Eu sei. Só estou cansada de ser uma garçonete – ela resmunga e me analisa – Você está bem sorridente hoje, aconteceu alguma coisa? – ela pede me cutucando e sorrindo.

– Ah, nada demais – falo me fingindo de boba – Só um cara muito bonitinho do meu trabalho me chamou para um encontro.

– Mentira. Sério? – se anima Monica – Como ele é?

– Que dia vocês vão sair?

– Ele é alto, cacheado, tem os olhos verdes e uma voz que te faz derreter, se chama Joseph. Vamos sair sábado a noite.

Apartamento 19 | Chandler BingOnde histórias criam vida. Descubra agora