te amo, me desculpa. 𝗷𝘂𝗱𝗲 𝗯𝗲𝗹𝗹𝗶𝗻𝗴𝗵𝗮𝗻

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Baseado na música i love you, im sorry.

Era uma noite fria em Madrid, o céu estava coberto por nuvens pesadas que ameaçavam desabar em chuva a qualquer momento. Jude Bellingham, uma das estrelas mais brilhantes do Real Madrid, estava sentado na sala de seu apartamento luxuoso, mas a grandiosidade ao seu redor parecia insignificante comparada ao turbilhão de emoções que ele estava enfrentando.

Ele segurava o celular com firmeza, lendo e relendo uma mensagem que havia recebido de S/N há alguns minutos. Ela era diferente, o tipo de mensagem que sugere que algo está profundamente errado, mas ao mesmo tempo está cheia de um amor que, apesar de todo o sofrimento, ainda está presente.

Com um suspiro profundo, ele finalmente decidiu responder.

— Podemos conversar? — digitou ele, esperando uma resposta quase imediata, como acontecia antigamente, mas o tempo passou e o silêncio respondeu.

Ele se levantou, caminhando de um lado para o outro na sala, enquanto lembranças inundavam sua mente. Ele se lembrou da primeira vez que a viu, do sorriso dela que parecia iluminar todo o estádio quando ela apareceu para assistir ao treino. Lembrou-se de como, logo depois daquele primeiro encontro, tudo pareceu fazer sentido pela primeira vez em muito tempo. Ela trouxe leveza para sua vida, um descanso das pressões e das expectativas do mundo do futebol.

No entanto, com o passar do tempo, as coisas começaram a mudar. As constantes viagens, os compromissos inadiáveis, as horas intermináveis de treino. Tudo isso começou a pesar sobre eles, criando um abismo que nenhum dos dois sabia como atravessar. Jude não conseguia se lembrar exatamente de quando as coisas começaram a desmoronar, mas sabia que estava acontecendo.

O som de uma mensagem recebida interrompeu seus pensamentos. Ele rapidamente pegou o celular e leu:

— Estou indo aí. Precisamos conversar.

Ele sentiu um frio na barriga, uma sensação de que algo muito importante estava prestes a acontecer. Ele sabia que essa conversa poderia mudar tudo, para o bem ou para o mal. Mas, no fundo, ele também sabia que era inevitável. Eles precisavam resolver o que estava pendente entre eles.

Pouco tempo depois, a campainha tocou. Jude abriu a porta e a viu ali, com os cabelos levemente bagunçados pela brisa e os olhos cansados, mas determinados. Ela entrou sem dizer uma palavra e sentou-se no sofá, olhando para as mãos, como se estivesse tentando encontrar as palavras certas para dizer.

Ele se aproximou e sentou-se ao lado dela, o silêncio entre eles parecia pesado, quase sufocante. Finalmente, ela falou, sua voz baixa, mas carregada de emoção.

— Jude, eu... — ela parou por um momento, como se estivesse lutando contra as lágrimas. — Eu não sei mais o que fazer. Eu te amo tanto, mas sinto que estamos nos perdendo.

Ele sentiu seu coração apertar ao ouvir essas palavras. Ele sabia que ela estava certa. Ele também sentia isso, essa sensação de que o amor que compartilhavam estava sendo devorado pelas circunstâncias.

— Eu sei... — ele respondeu, com a voz embargada. — E isso me mata, S/N. Eu não quero te perder, mas... Eu não sei como fazer isso funcionar.

Ela o olhou nos olhos, os dela brilhando com lágrimas não derramadas.

— Eu sinto que estou sempre te decepcionando, que nunca sou suficiente. E ao mesmo tempo, eu te vejo se distanciando, como se... — ela hesitou antes de completar a frase. — Como se eu não fosse mais importante.

Jude balançou a cabeça, lutando contra a culpa que estava sentindo.

— Não é isso, eu juro. Você é tudo para mim. Mas o futebol, a carreira... É difícil conciliar tudo. Eu não quero que você sinta que está em segundo plano, porque você não está. Só que... eu também não sei como equilibrar tudo isso.

As palavras dele pareciam não aliviar a dor nos olhos dela. Ela sabia que ele estava sendo honesto, mas também sabia que essas mesmas palavras já haviam sido ditas antes, e nada havia mudado.

— Jude, eu entendo a sua vida, seu trabalho... Eu tentei me adaptar, mas... — Ela suspirou profundamente, tentando encontrar forças para continuar. — Eu estou me perdendo no meio disso tudo. Eu não sei mais quem eu sou sem você, e isso me assusta.

Ele sentiu uma lágrima escorrer pelo rosto, algo raro para alguém que sempre se manteve tão forte e inabalável. Ele segurou a mão dela, sentindo a necessidade desesperada de transmitir o que estava em seu coração.

— S/N, eu te amo. E eu sinto muito. Eu sinto muito por ter deixado as coisas chegarem a esse ponto. Eu nunca quis que você se sentisse assim, nunca quis te machucar.

Ela apertou a mão dele, mas seu olhar era de resignação.

— Eu também te amo, Jude. Mas eu não sei se o amor é suficiente para superar isso. E, honestamente, eu não sei se estou disposta a continuar lutando por algo que parece estar escapando entre os dedos.

O silêncio caiu sobre eles novamente, mas dessa vez, era um silêncio diferente. Era como se ambos estivessem aceitando a realidade que estava diante deles. Jude sabia que, por mais que quisesse, ele não poderia prometer que as coisas mudariam. Ele estava preso entre dois mundos: o amor da sua vida e a carreira que ele havia trabalhado tão arduamente para construir.

Ela se levantou, soltando a mão dele com delicadeza.

— Eu acho que é melhor eu ir. — Sua voz era calma, mas cheia de uma tristeza que ele nunca tinha ouvido antes.

— Por favor, não vá. — A voz de Jude estava desesperada, ele não queria deixá-la partir assim. — Vamos tentar mais uma vez.

Ela sorriu, um sorriso triste que quebrou o coração dele.

— Jude, eu não quero mais tentar. Estou exausta... E acho que você também está, mesmo que não perceba. Talvez... talvez o que precisamos agora é de tempo. Tempo para nos encontrarmos de novo, individualmente.

Jude sentiu um nó na garganta, mas sabia que não poderia forçá-la a ficar. Ele a amava o suficiente para deixá-la ir, mesmo que isso o destruísse por dentro.

Ela deu um último olhar para ele, seus olhos cheios de tudo o que eles viveram juntos, e tudo o que eles poderiam ter sido.

— Eu te amo, Jude. E sinto muito... por tudo.

— Eu também te amo. E sinto muito... por não ter sido o que você precisava.

Com essas palavras, ela se virou e saiu, fechando a porta suavemente atrás de si. E Jude ficou ali, sozinho no apartamento silencioso, com o coração partido e uma dor que sabia que não iria embora tão cedo.

Ele olhou pela janela, as primeiras gotas de chuva começando a cair. Ele sabia que, em algum lugar, S/N também estava sentindo a mesma dor, mas ambos sabiam que, por mais que se amassem, às vezes, o amor não é suficiente para curar todas as feridas.

espero que tenham gostado!

𝗶𝗺𝗮𝗴𝗶𝗻𝗲𝘀, futebol.Onde histórias criam vida. Descubra agora