ᴄᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ ᴅɪᴇᴢ (10).

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Pablo Gavi


   Peguei a camisa no cabide para vestir. Faltavam trinta minutos para o jogo começar e estávamos repassando algumas táticas. Hansi estava a fim de tentar coisas novas.

     — Entenderam o que cada um tem que fazer? — Perguntou, olhando um por um.

     — Entendido — respondemos em coro.

     — Ótimo. Já se hidratem para começarem a se aquecer.

     Depois de vestir a minha camisa do time,  bebi rápido uma garrafa de água.

     — Lembrem-se, trabalhem em equipe e tenham muita concentração para colocarem em prática o que fizemos nos últimos treinos.

     — Há chances de ter alguma alteração radical? — Lewandowski indagou.

     — Quanto a isso, sejam adaptáveis. Estaremos dispostos a testar qualquer coisa.

     Ouvi com atenção até um funcionário se aproximar discretamente.

     — Pablo, seus convidados chegaram.

     Assenti e fiquei satisfeito por terem chegado cedo. Assim eu poderia vê-los antes de começar.

     — Leve eles para a área vip, por favor. Obrigado por avisar.

     Ele se retirou com um aceno de cabeça.

     — E não se percam nos resultados imediatos! — Hansi continuou. — Não se desesperem se houver gol do adversário porque isso pode levá-los a se precipitar e fazer passes errados!

     — Temos que tomar cuidado com a marcação cerrada — disse Fermín.

     — Bem lembrado. Gavi tome cuidado com as brigas em campo também.

     — Pode deixar — falei, sabendo que não era possível evitá-las.

     Esperei Hansi Flick terminar de nos aconselhar para ir discretamente até a área vip. Só que não tão discretamente assim. Quando passei pelo corredor, Pedri me alcançou.

     — Está indo aonde?

     — No vip, convidei as duas garotas hoje.

     — Outra vez.

     — Sim, mas por um bom motivo. Talvez ela se torne culer.

     Ele franziu o cenho.

     — Deixa eu ver se entendi: está chamando a menina para cá para convencê-la a torcer pelo Barça?

     — Não. Sei lá... na hora que conversamos me deu vontade de chamá-la.

     — Não estou te entendendo, meu amigo.

     Passamos por um grupo de funcionários e acenamos para eles antes de começarmos a subir para o vip.

     — Ela chamou minha atenção. Só isso.

     — Chamou sua atenção? — Ele sorriu.

     — Chamar atenção não necessariamente é da forma que você está pensando — falei, sério.

Jogo do Amor - Pablo GaviOnde histórias criam vida. Descubra agora