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LIVRO 1 -
DARK ROMANCE +18
A minha vítima perfeita tem que ser tão perfeita, que me convencerá que não vale a pena matá-la. Ela deve ser obediente e dócil igual uma cadela com fome, ela fará tudo o que eu mandar em troca...
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Após a conversa estranha na hora do almoço, Fritz se levantou para recolher as bandejas e os pratos. Eu estava reflexiva e confusa com os relatos sobre como ele sequestrou e desacordou a coitada da Amanda, pra depois levar pro porão e matar.
A forma como explicou, com frieza e tranquilidade... Isso me incomodou, me fez ver que eu seria uma vítima em potencial se ele não se importasse comigo, afinal também me atraiu facilmente.
Mas, por algum motivo, ele não queria me matar, ou já teria o feito. Ah, ele disse o motivo, que "gosta de mim". Isso não fazia o menor sentido. Esse cara não devia ser capaz de gostar ou amar ninguém. Além do mais, qual a concepção de "gostar" pra ele? Ainda era um mistério complicado de compreender.
- Você não tocou na comida. - comentou, ao me ver calada e de braços cruzados, os pensamentos longe.
Pisquei e olhei pra ele, de pé ao meu lado.
- Perdi a fome com o assunto.
- Estranho falar isso, achava que seu sonho fosse me conhecer.
Revirei os olhos.
- Eu era uma idiota...
- Me acha indigesto? - perguntou com as mãos e braços cheios de bandejas. - Ou ainda quer me conhecer melhor?
Hesitei antes de responder.
- Eu... Eu creio que sim. Apesar que acho que não vou sobreviver, pra posteriormente quem sabe falar sobre no meu canal.
- Você pode fazer melhor do que falar sobre no seu canal, querida... Nunca pensou em escrever um livro?
Vinquei a testa, surpresa com a ideia. Que egocêntrico, então ele só me mantinha viva pra eu contar sobre ele no futuro?? Isso era muita prepotência, típico psicopata narcisista.
- Bom, vou te deixar presa aqui no meu quarto, só por uns minutos e já volto. Preciso levar essas bandejas pra cozinha e depois te busco pra levar pro porão. Se comporta, Chelsea. - disse, já que eu fiquei quieta. Se dirigiu até a porta. - Não mexa em nada na minha ausência.
- Confia.
Ele me mandou um último olhar de censura e se retirou. Me levantei da cadeira e olhei ao redor, onde iria vasculhar primeiro?
Percebi que o moderno e refinado cômodo não tinha guarda-roupas, e sim um closet. Entrei no closet de Fritz, era um pequeno compartimento com incontáveis ternos, paletós e roupa social dispostas em cabides. Havia roupa esportiva também. Será que esse psicopata praticava esporte? Tinham luvas de boxe penduradas num gancho. Inevitavelmente pensei no seu físico e força.
Afastei o pensamento e passei a mão pela fileira de casacos, sentindo o cheiro de almíscar e baunilha masculina do perfume exalando. Como não achei nada de interessante, me retirei do closet e voltei a observar o quarto.
